Trabalho deve ser honrado
As chamadas chicotadas psicológicas não são mais nem menos do que a assunção, por parte de quem as determina, da incapacidade que teve na seleção das pessoas para executar o projeto? Ou a proposta de trabalho que porventura seria idealizada por um cérebro, muito possivelmente, carente ou destituída de algumas características indispensáveis para quem assume a responsabilidade de se mostrar no nosso meio desportivo como representante, eleito democraticamente, pelos associados de determinado clube?
Não nos repugna a famigerada chicotada quando pensada, comunicada com elevação e estribada em fundamentos sérios e percetíveis, para o comum do cidadão ou adepto, e respeitadora dos profissionais, na circunstância dos portugueses, mais respeitados e apreciados por esse Mundo fora. Não ignoramos a dificuldade de quem é eleito, algumas vezes sem estar devidamente preparado, reflita as fragilidades de quem ocupa o lugar de tamanha responsabilidade, procurando justificar-se perante a opinião pública e/ou publicada. Mas atenção, como diz o povo na sua enorme sabedoria popular: “Quem com ferros mata, com ferros morre”.
Exigimos que o trabalho seja honrado porque é ele que nos engrandece, pois é o que temos para oferecer ao futebol enquanto profissionais responsáveis. É esta a nossa força: o trabalho, que deve ser devidamente compensado e respeitado.
Aprecariedade provoca instabilidade nos treinadores, e a vida das pessoas agrava-se significativamente. Provoca amputações dos direitos e faz baixar a qualidade do trabalho.
Os treinadores aceitam sacrifícios partilhados, mas não aceitam ser humilhados, e é bom que os clubes/SAD percebam que estão a chegar ao limite para lá do qual a imprevisibilidade é total no que diz respeito à reação adequada dos treinadores.