Record (Portugal)

“Portistas têm paixão e coração”

Melhor ciclo da época ‘pede’ vitória frente ao Sp. Braga para consolidar retoma. Dragões lideram em todas as frentes

- RUI SOUSA

Quando perdeu no clássico da Luz e ficou a dois pontos de Benfica e Sp. Braga, antes da última paragem para as seleções, a equipa do FC Porto viu levantarem-se várias questões relativame­nte aos argumentos que teria para defender o título conquistad­o na época passada, nomeadamen­te face à perda do seu melhor marcador, Aboubakar. Sentiu-se um natural desconfort­o pela derrota e fraca exibição na casa do rival, mas Sérgio Conceição não permitiu que a equipa caísse, tal como nunca o permitiu no passado.

Bem ao seu estilo, o técnico puxou pelos jogadores e incutiu-lhes a confiança que precisavam para dar a volta à situação. Em pouco mais de um mês, o FC Porto passou para a frente do campeonato, em igualdade pontual com o Sp. Braga, mas com mais quatro pontos do que o Benfica, tem um pé nos oitavos-de-final da Champions, liderando com personalid­ade o seu grupo, seguindo também na frente do grupo na Allianz Cup, depois de um percalço a abrir. Uma liderança em todas as frentes que resultou do melhor ciclo competitiv­o da época, com seis vitórias consecutiv­as. Para além dos triunfos, que são a face mais visível da retoma, há que registar o melhor ataque e a defesa menos

batida do campeonato, herança da época passada... A máquina demorou a arrancar, mas já entrou em velocidade de cruzeiro, permitindo ao FC Porto chegar a esta fase em condições de se isolar na frente da Liga. Para isso, terá de vencer o Sp. Braga, naquele que será o primeiro grande jogo para o campeonato no Dragão e que fecha mais um ciclo antes de nova paragem para as seleções.

Vasto leque de recursos

A ausência de Aboubakar começou por fazer-se notar, até porque Soares não está inscrito na Champions, mas Conceição viu Otávio recuperar o nível exibiciona­l do início da época, Marega entrar definitiva­mente na rota dos golos, Corona ficar mais maduro e consistent­e e, acima de tudo, Óliver Torres com uma qualidade e atitude que não páram de surpreende­r. O espanhol assumiu o comando do dragão, empurrando o capitão Herrera para um plano secundário, mas não menos importante no grupo. Conceição sabe que o mexicano continua a ser prepondera­nte, protegendo-o da polémica que se gerou em torno da sua situação contratual, e a prova disso é que Herrera foi titular e o melhor em campo frente ao Lokomotiv. *

ATAQUE MAIS PRODUTIVO E DEFESA MENOS BATIDA DO CAMPEONATO SÃO HERANÇA DA CONQUISTA DO TÍTULO

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