Record (Portugal)

QUATRO CAMPEÕES EUROPEUS DE VOLTA

FERNANDO SANTOS ‘RECUPERA’ JOÃO MÁRIO, ANDRÉ GOMES, JOSÉ FONTE E RAPHAËL GUERREIRO

- RUI DIAS

LISTA PARA ITÁLIA E POLÓNIA

Se Ronaldo, Quaresma, João Moutinho e Nani continuam de fora das opções do selecionad­or, José Fonte, Raphaël Guerreiro, André Gomes e João Mário estão de volta para os jogos com Itália e Polónia, a contar para a Liga das Nações – em sentido contrário viajaram Pedro Mendes, Kevin Rodrigues, Sérgio Oliveira e Hélder Costa. Portugal aproxima-se, deste modo, da normalidad­e de um ciclo vitorioso levado a cabo por número restrito de jogadores, ainda que o responsáve­l recuse tratar-se do regresso da “artilha-

“NÃO UTILIZAREI IMAGENS DO JOGO COM A ITÁLIA NA LUZ, DA QUAL SÓ SOBRARAM DOIS JOGADORES NA POLÓNIA”

ria pesada”. Isto porque a equipa revelou qualidade nos jogos anteriores, “nos quais evidenciou comportame­nto que me satisfez”, para lá de, como referiu, “o processo de avaliação seja constante”.

Sendo verdade que a qualificaç­ão para a fase final está bem encaminhad­a – basta um empate em San Siro ou uma vitória sobre a Polónia em Guimarães –, Fernando Santos não se desvia do objetivo: “Comigo, Portugal joga sempre para ganhar. Não vejo razões para alterar o dis - curso, que é global, interno e que os jogadores conhecem. Aliás, eles sabem, desde o primeiro dia, que é assim. Quando entraram na cabina pela primeira vez, a palavra que estava escrita no quadro era ‘ganhar’. Por isso, a esse nível, há pouco mais a dizer.”

“Agora é preciso saber que vamos defrontar uma grande equipa, em processo de cresciment­o e de assimilaçã­o de processos”, referiu sobre a Itália, “seleção que nada tem a ver com a equipa que vencemos em casa, da qual sobraram apenas dois titulares, consideran­do o jogo na Polónia”. O selecionad­or referiu Verrati, “um médio que origina movimentos diferentes e que esteve em grande evidência nos jogos anteriores”. Por isso, “teremos de fazer um grande jogo, e para sairmos ven- cedores não podemos abdicar da filosofia que nos orienta”.

Uma nova Itália

Em relação às contas, Fernando Santos sabe que o empate chega mas define objetivo mais ambicioso: “Queremos carimbar em Itália a presença na final four, mas não vamos pensar que o empate é suficiente. Vamos lá para ganhar, porque se entrarmos a admitir que um ponto chega, corremos sérios riscos”. “Se assinava por baixo um empate? Eu, como qualquer um dos que estão nesta sala, não teria dúvidas”, adiantou, para anunciar um perigo que se coloca a Portugal: “Uma derrota em Itália conduz-nos ao risco de termos, depois sim, uma final com a Polónia.”

A convicção de Fernando Santos em relação ao jogo que tem pela frente com a Itália vai ao ponto de afirmar com todas as letras: “Para que vocês percebam a situação, na preparação do jogo com a Itália não utilizarei quaisquer imagens do jogo que vencemos na Luz. Defrontare­mos a equipa que defrontou a Polónia e é essa que temos de analisar.” Para o selecionad­or nacional, a situação dos adversário­s não é idêntica: “A Itália tem ainda uma luz ao fundo do túnel. Melhorou muito, está em fase de cresciment­o e tem ainda uma palavra a dizer na qualificaç­ão. A Polónia é perigosa pelo contrário: quer mostrar que o afastament­o não correspond­e ao valor da equipa”. “A Itália é uma equipa de topo e não perdeu o estatuto só porque falhou o Mundial”, afirmou, para acrescenta­r que “em casa é e será sempre favorita, qualquer que seja o adversário”. *

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