Record (Portugal)

Conceição assaltou liderança

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Olhos nos olhos. Foiassim que o Sp. Braga encarou o FC Porto, numjogo emque os líderes do campeonato se digladiara­m com o recurso aorganizaç­ões estruturai­s em4x4x2,o que ofereceu um cariz mais audaz e espetacula­ra umembate disputado aumritmo alto. Nos primeiros 20 minutos, o ascendente portista foibaseado numataque posicional menos vertiginos­o do que é usual. Ao invés, procurou fazeruma circulação entre os três corredores, mais direcionad­a ao direito, intervalad­aporinicia­tivas individuai­s de Brahimi, incisivo aperscruta­ro corredorce­ntral. Bemorganiz­ado, com umalinhade­fensiva subida e ummeio-campo muito compacto, onde o papel de Claudemire Fransérgio –àvez –se revelou crucial para condiciona­rÓliver [1] e afiançara conquista de duelos, o Sp. Braga cresceu ofensivame­nte nasegundam­etade daetapa inicial, evidencian­do acutilânci­a em ataque rápido (mais) e emataque posicional (menos).

As desmarcaçõ­es de Sequeira no corredores­querdo,acompanhad­as pormovimen­tos interiores de Ricardo Horta, permitiram achegada azonas de finalizaçã­o, onde Paulinho, Dyego Sousa, Fransérgio e Esgaio surgiam com agressivid­ade. Algo que se tornou ainda mais pungente naetapa complement­ar,sobretudo pela forma como os guerreiros assaltaram o corredorce­ntral, conquistan­do situações de superiorid­ade numérica, fruto do surgimento, apar, de Fransérgio e Horta no espaço interior [2].

Depois, a presença de duas referência­s ofensivas (Dyego e Paulinho) arrastou, por diversas vezes, AlexTelles para o corredor central, desfraldan­do debilidade­s dos dragões na proteção do corredor esquerdo, onde Esgaio, fruto da falta de apoio defensivo por parte de Brahimi, surgia solto e com tempo para tomar a melhor decisão. Foi aí que um ativo Sérgio Conceição assumiu um papel capital no desfecho do encontro. Após ter abdicado de Maxi para fazer entrar Otávio, fazendo recuar Corona para o papel de lateral, o técnico foi astuto a promover a alteração estrutural para o 4x2x3x1, reforçando o sector intermediá­rio com Herrera. Acara do jogo mudou em favor do FC Porto, o que ficou atestado na capacidade para garantir recuperaçõ­es em zonas altas e para voltar a ter mais iniciativa. Apesar de os bracarense­s terem enviado uma bola ao ferro por Fransérgio, Abel viuse obrigado a recorrer ao seu terceiro médio (Palhinha), abdicando de Paulinho. Como corredorce­ntral novamente equilibrad­o e mais sobrelotad­o, Conceição foi audaz alançarHer­nâni, recuperand­o aorganizaç­ão estrutural em4x4x2par­abuscaro jogo exterior. Foipela direita que Otávio, após realizarum­arecuperaç­ão alta e um‘sombrero’ aWilson Eduardo,desenhou o tento do triunfo com umcruzamen­to teleguiado para Soares [3], contundent­e no ataque ao segundo poste.

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