Ganhou quem mais quis ganhar
Bernardo Ribeiro
Surpreendeu a aposta em Paulinho em detrimento de Wilson Eduardo?
Aos analistas penso que sim, a Sérgio Conceição não tenho a certeza. Foi a confirmação de que Abel Ferreira percebeu que este era um dos ‘jogos do título’, lançando uma equipa para jogar olhos nos olhos, sabendo que tinha a equipa mais fresca do que os dragões. Curiosamente, uma das falhas do Sp. Braga no jogo de ontem foi na decisão, pois com uma finalização melhor, quem sabe os guerreiros tinham saído do Dragão com outro resultado.
O que decidiu o clássico a favor da equipa portista? Não foi apenas uma pessoa ou um fenómeno. Simplificando, diria Soares e Sérgio Conceição. O primeiro porque lutou do primeiro ao último minuto e, apesar de não ter feito um grande jogo, sou- be aparecer para resolver na hora certa. Ou quando foi servido da melhor forma. Para isso ajudou muito o modo como Conceição mexeu na equipa. As entradas de Otávio, Herrera e Hernâni tiveram como ideia principal ganhar o jogo. Criar formas de fazer a bola chegar à área, melhorar dinâmicas, criar superioridade. Tudo ganho. Simplesmente brilhante.
A frescura do Sp. Braga fez-se sentir?
Talvez durante o jogo, na forma como o FC Porto não conseguiu estancar algumas das investidas dos guerreiros, mas essencialmente os dragões parecem ter conseguido recuperar o espírito que os levou a serem campeões. E isso pode ser determinante.