Um dragão com espírito
Era o FC Porto que tinha jogado na passada quarta-feira e podia ter sentido nas pernas o desgaste de andar na Liga dos Campeões, mas as alterações de Sérgio Conceição e a arte de Otávio e Soares foram suficientes para que os dragões festejassem uma vitória justa perante um Sp. Braga de Abel muito forte.
Justa quando o Sp. Braga andou ali tão perto do golo com bolas aos ferros? Sim. O FC Porto foi no curso do jogo quem mais fez para ganhar. A única equipa que jogou verdadeiramente à grande e sempre à procura da vitória. As mexidas de Conceição dizem tudo, assim como as estatísticas. Quer dizer que os guerreiros não podiam ter festejado o triunfo? Podiam. Mas não só faltou fazer aquilo que é decisivo no futebol – o golo –, como pensar em ganhar até ao fim.
Sérgio entendeu, e parece-me que bem, que este jogo pode ser determinante para a conquista do título. Vem aí uma paragem, o dragão fica isolado na liderança haja o que houver com o Sporting e caso alguns dos rivais de Lisboa falhe, deixa-os a matutar na crise enquanto uns dragões vão correr mais um pouco para as seleções e outros ficam no Porto a trabalhar para o bicampeonato. A fome de títulos continua viva. Parecia arredada no clássico da Luz, mas daí para cá foram sete vitórias consecutivas. E isso torna tudo mais fácil.