Nas terras do Tio Sam, quem leva a bola para casa são as mulheres. A seleção feminina é a melhor do Mundo, enquanto a masculina anda perdida. Alex Morgan e Carli Lloyd são as principais referências e contam tudo a Record
quase senso comum dizer que os Estados Unidos conseguem logo chegar ao topo do Mundo em qualquer modalidade mal metam na cabeça que o querem fazer. Há muitas provas a defender esse fenómeno, menos no futebol... masculino. Sim, importa fazer esta distinção porque a seleção feminina é a campeã do Mundo em título e senta-se no trono do ranking da FIFA. O contraste chega a ser absurdo com aquilo que os homens têm feito, como se viu pelo facto de nem sequer se terem qualificado para o Mundial deste ano, algo que não acontecia desde 1986. E tudo por causa de uma derrota com Trindade e Tobago, imagine-se. Por isso mesmo, quem manda nos ‘States’ são elas! E esse ‘elas’ é personalizado em Alex Morgan e Carli Lloyd, duas das principais estrelas do futebol norte-americano. Aos 29 anos, Morgan já ganhou tudo o que havia para ganhar a nível de clubes e seleção e caminha a passos largos para a Bola de Ouro que ainda lhe escapa. Já Lloyd, de 36 anos, foi eleita a melhor do Mundo em 2015 e 2016.
Com a seleção dos Estados Unidos em Portugal para defrontar as nossas guerreiras – a diferença a favor das norte-americanas (1-0) fez-se num ressalto feliz –, Record não deixou escapar a oportunidade de conversar com Alex e Carli, que se mostraram logo disponíveis para falar sobre a luta que têm travado nos EUA, bem como no futuro auspicioso que Portugal pode ter pela frente. São verdadeiras máquinas de trabalho, focadas sempre em chegar mais longe e não estão preocupadas apenas com questões de dinheiro. A batalha estende-se ao cuidado – ou falta dele... – da FIFA com o futebol feminino em pormenores como o tipo de relvado das grandes competições, o investimento no marketing, entre tantos outros pequenos fatores decisivos. O exemplo norte-americano dado por estas duas craques mostra que é possível o futebol feminino rivalizar e até puxar pelo masculino, ao contrário do que muitos preconceitos possam fazer acreditar. Alex Morgan e Carli Lloyd dão um pontapé nos paradigmas e acreditam que o melhor ainda está ao virar da esquina! *