Record (Portugal)

MIGUEL HERLEIN

Com apenas 25 anos, ajuda a gerir carreiras na ProEleven e, por enquanto, ainda... tem uma. Mas a prioridade está definida

- TEXTOS DAVID NOVO FOTOS LUÍS MANUEL NEVES

A reportagem de Record chega à sede da ProEleven, em Almada, e Miguel Herlein está a ver um jogo de futebol na televisão. Quem olha para ele pode achar que é um dos futebolist­as agenciados da empresa. Já o foi, mas atualmente, com 25 anos, é um dos agentes. A função chama-se gestor desportivo e Miguel desempenha-a desde março. Ao mesmo tempo, este avançado formado no Benfica continua a marcar golos, ainda que a um nível mais baixo: representa o Charneca da Caparica, clube que disputa a 1ª Divisão da AF Setúbal.

“Já não me sinto tanto um futebolist­a desde que abracei este projeto na ProEleven, porque passei a focar-me nas três funções: scouting, acompanham­ento de jogadores e de dois mercados, Hungria e República Checa, em específico. Jogar futebol é mais um passatem- po. Quando tenho disponibil­idade para treinar e jogar, faço-o. Isto quando não tenho viagens ou jogos para ver. Ainda gosto de estar dentro de um balneário porque aos 25 anos é difícil deixar de jogar de um dia para o outro. É para matar o ‘bichinho’ e para ajudar os meus colegas. Eu já não tenho o objetivo de chegar a um nível mais acima, mas sei que ainda posso conseguir ajudá-los a crescer como futebolist­as e a fazer coisas diferentes do que eu fiz”, explica Miguel Herlein.

Mas, afinal, o que aconteceu? Com 18 anos, saiu dos juniores do Benfica e arriscou uma mudança para Chipre; depois, seguiu-se Espanha, por duas vezes; Índia, Estados Unidos e Itália, onde defendeu as cores de dois emblemas. Tudo isto em apenas seis anos. Até que surgiu a ProEleven. “Passei a ser agenciado pela empresa quando fui para a Índia e já conhecia o Carlos Gonçalves e o Vítor Gonçalves, os diretores, desde os tempos em que jogava no Benfica. Sempre tivemos uma boa relação. Com 25 anos as propostas que tinha já não me permitiam viver só do futebol. Um dia, o Vítor perguntou-me o que achava de trabalhar na empresa mas com

“PENSEI A LONGO PRAZO E PERCEBI QUE POSSO TER MAIS SUCESSO NA PROELEVEN DO QUE COMO FUTEBOLIST­A”, ASSUMIU

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FACETAS. A ‘farda’ de trabalho mistura-se quando se troca de profissão. De jogador no futebol amador a um agente Pro... Eleven

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