Uma ofensa aos adeptos
Apesar de ter algumas das estrelas mais fascinantes da atualidade, o Paris Saint-Germain corre o risco de se tornar um dos clubes mais odiados e desprezados do futebol moderno. Os recentes documentos revelados pelo Football Leaks são uma mancha para administração e jogadores. Uma coisa é o pagamento de salários milionários por quem pode. Outra, bem distinta, é a alegada existência de cláusulas com valores obscenos por ‘bom’ comportamento.
Aplaudir os adeptos no final dos jogos não é uma ação que mereça um prémio. É uma obrigação de cada jogador. Por respeito à verdadeira alma do clube que representam. E essa está nas bancadas. Diz-se que Neymar, devido a tais ações, encaixou 375 mil
O PSG CORRE O RISCO DE SER UM DOS CLUBES FUTEBOL MODERNO
euros, Thiago Silva ficou nos 33 mil enquanto Mbappé, Di María, Cavani e Dani Alves também receberam. Os dois primeiros negaram. Disseram tratar-se de ‘fake news’.
Porém, o clube confirmou, lembrando que tais pagamentos não são apenas para aplaudir adeptos, mas também para premiar aqueles que cumprem o código de ética do clube, no qual se incluem “pontualidade, respeito pela comunicação social e não apostar em competições em que o PSG participe”.
Será que Neymar tinha uma cláusula destas no Barcelona? Claro que não. Porque aí impera o respeito por aqueles que apoiam o emblema. Em Paris há apenas dinheiro. Muito dinheiro. E grandiosos jogadores que recebem por tudo e por nada. Mas não é a pagar pelo básico, pelo mínimo exigível a profissionais desta dimensão, que se constrói uma identidade de clube vencedor. Assim, apenas se alimenta uma cultura de mercenários.