Record (Portugal)

ELES TAMBÉM PODEM BRILHAR

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facto de terem visto outros cadeirante­s a participar, sempre de sorriso no rosto, produziu um incrível efeito apelativo a todo o projeto. “No próprio dia começámos a receber pedidos de pessoas com cadeiras de rodas que tiveram medo, mas que depois de verem os colegas a fazer a corrida sentiram vontade de estar presentes na próxima”, aponta Daniel. Uma entrada que se fez a todo o gás a norte, na qual teve papel determinan­te a RunPorto, como explica: “A forma como a RunPorto e o Jorge Teixeira nos acolheram faz toda a diferença. Ele é uma pessoa atenta e preocupada. Este tipo de proativida­de da organizaçã­o para que as coisas corram bem não é muito comum. Teve uma importânci­a muito grande e depois o ‘feedback’ foi muito positivo.”

Anível nacional

pessoas com mobilidade reduzida em provas, mas também por “quebrar algumas barreiras”, até porque considera que, normalment­e, as pessoas nestas condições “têm muita relutância em aderir a movimentos, para se salvaguard­arem, se protegerem”. “Começámos a intervir junto dos bairros sociais da nossa zona. A trabalhar com a CERCI, promovendo atividades de mobilidade reduzida. Esse tipo de ações tem quebrado barreiras, pois faz com que os pais já acolham melhor o movimento. A ideia é criar uma bola de neve, que chame mais pessoas ao movimento”, adianta. E depois do assalto ao Porto, a vontade é expandir o movimento: “Sempre foi de âmbito nacional e já temos uma equipa no terreno a trabalhar em Lisboa, onde em 2019 teremos uma meia-maratona egoísta.” Mas antes de chegar à capital, em janeiro está na mente do movimento participar numa outra prova, em que a ideia é clara: “Bater o recorde nacional da maior equipa em prova, para chamar a atenção para a necessidad­e da inclusão das pessoas com deficiênci­a no desporto.” *

FAMILY RACE DA MARATONA DO PORTO FOI A SEGUNDA PROVA EM QUE O MOVIMENTO MARCOU PRESENÇA NO NOSSO PAÍS

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