TRAIÇÃO ANULOU ASSALTO AO PÓDIO
Expulsão de Nadjack virou o jogo do avesso e abriu caminho a um triunfo tão natural como justo do Aves
EM VANTAGEM NUMÉRICA E NO MARCADOR, A EQUIPA DA CASA PASSOU A FAZER O QUE MELHOR SABE: DEFENDER E SAIR RÁPIDO
Ao fim de oito jogos sempre a somar, eis que o Rio Ave volta a cair no campeonato. E, quis o destino, foi derrotado no campo onde também já perdeu esta época a possibilidade de discutir o apuramento para a final four da Allianz Cup. As Aves são uma espécie de vírus para os homens de José Gomes, que falharam assim o assalto ao pódio na Liga e podem acabar a jornada atrás do Benfica.
Por outro lado, vai de vento em popa a formação orientada por José Mota. Depois de ter largado a lanterna-vermelha na jornada passada, agora foi a vez do Aves fugir da zona de despromoção. E fê-lo com a mesma receita utilizada em Chaves: bem a defender e forte nas transições, com o acréscimo de contar ainda com a ‘ajuda’ de um desastrado Nadjack, que fez penálti e foi expulso à passagem dos 15 minutos.
Antes desse momento, já tinha sido o Aves a entrar melhor e Leo Jardim já tinha visto uma cabeça- da de Nildo acertar no poste. Um aviso materializado pouco depois, com o penálti convertido por Rodrigo. O Rio Ave ficou, evidentemente, abalado e, apesar de ter bola, não conseguiu criar grandes situações. Por outro lado, a equipa da casa estava... em casa. Em vantagem numérica, no marcador e a poder usar e abusar das transições rápidas de que tanto gosta. Leo Jardim, com duas grandes defesas, adiou o inevitável, mas, nos derradeiros instantes da 1ª parte, Diego Galo aumentou a vantagem. O golpe foi demasiado duro para os vila-condenses, como se pode comprovar pelas poucas oportunidades criadas na etapa complementar. Gelson Dala saltou do banco para agitar um pouco as águas, mas o golo de honra só chegou no período de compensação, através de uma bela cabeçada de Bruno Moreira. Demasiado tarde para ‘reentrar’ no jogo.