AFASTAR FANTASMAS COM PRAGMATISMO
Alvinegros foram sempre mais lúcidos e souberam guardar vantagem perante um Marítimo intermitente
NACIONAL MANTÉM TRADIÇÃO E VENCE DÉRBI NOS ÚLTIMOS 15 MINUTOS, O EMPATE ESTEVE IMINENTE, MAS DANIEL GUIMARÃES FOI GIGANTE NA BALIZA DO NACIONAL
Ao quinto jogo na Choupana, o Nacional espantou os fantasmas e saboreou, finalmente, uma vitória. E logo diante do arquirrival Marítimo, que continua a sua saga negativa e já vai em cinco derrotas consecutivas no campeonato. O pragmatismo alvinegro fez toda a diferença, quer no ataque à baliza adversária – Camacho aproveitou uma das ocasiões construídas – quer na forma como soube guardar a vantagem, com contributo decisivo de Daniel Guimarães. No regresso à Liga NOS, o Nacional venceu o sexto dérbi consecutivo na Choupana e cedo fez por isso, aproveitando erros crassos da defesa verde-rubra para construir logo duas ocasiões claras, por Okacha e Jota. O Marítimo demorou a reagir e a conseguir sair da zona de pressão, perdendo demasiados duelos e revelando, depois, pouca criatividade, a que não serão alheias as ausências de Danny (castigado) e Correa (no banco). Cláudio Braga arriscou, após o intervalo, ao lançar Correa e Valente, mas foi precisamente na altura em que procurava virar o jogo que o Nacional marcou: excelente iniciativa de Kalindi e finalização de cabeça de Camacho, a antecipar-se a Bebeto.
Nos últimos 15 minutos, embora de forma algo intermitente, o Marítimo pressionou, finalmente, e podia ter chegado ao empate por Pinho e Jean Cléber, não fosse a qualidade de Daniel Guimarães. O Nacional manteve a lucidez e garantiu os três pontos, agravando a situação de Cláudio Braga, que voltou a ver lenços brancos.