IDAN OFER INVESTIDOR DO FAMALICÃO
“Vamos trazer inteligência artificial”
“TEMOS MUITA TECNOLOGIA DE ISRAEL QUE QUEREMOS TRAZER PARA CÁ, NOMEADAMENTE DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL”
Quais foram as principais motivações para investir no projeto do Famalicão?
IDAN OFER – Depois de ver a vitória frente ao Sp. Covilhã, é fácil perceber-se a razão. Esta é uma equipa fantástica e que tem muito potencial. A cidade foi muito acolhedora, o presidente da Câmara e a equipa dele foram muito prestáveis e isso fez-me ver que esta era uma grande oportunidade para investir no futebol em Portugal. Acho que fiz a escolha certa. Esta é a minha primeira experiência nos negócios em Portugal e estou a desfrutar. Há um enorme potencial aqui.
Detém 32 por cento do Atl. Madrid, que é já uma marca internacional. Como surge o passo de vir para um projeto em construção? IO – Há muitas coisas que gostávamos de experimentar aqui, muitas técnicas novas e tecnologias como, por exemplo, de inteligência artificial, que não podíamos necessariamente tentar no Atl. Madrid. Acho que isto é um projeto piloto para
muitas coisas que podemos levar também para Espanha, mais tarde.
E o inverso, pretende trazer o conhecimento que adquiriu no Atl. Madrid para o Famalicão? IO – Do Atl. Madrid e de outros sítios. Temos muita tecnologia de Israel que queremos trazer para cá, nomeadamente na área da inteligência artificial, e iremos caminhar nesse sentido num futuro próximo. Quais são as principais ambições que tem para o Famalicão?
IO – Queremos chegar à 1ª Liga, já este ano. Esse é um dos objetivos. Depois tudo irá depender da forma como nos dermos por lá. Eu vejo aqui um grande potencial. Portugal tem muito talento no futebol e os melhores do Mundo vêm daqui. Queremos encontrar bons jogadores e melhorar a nossa presença na academia, que é muito importante para nós. Depois, gostava de criar alguma cooperação entre a nossa academia e Israel.
Portanto, pensa em criar uma parceria entre o Famalicão e Israel? IO – Sim, é uma possibilidade. É algo que já estamos a fazer com o Atl. Madrid, que tem uma academia em Israel. Talvez levemos esta equipa a jogar a Israel e a outros locais. Vamos ver. Temos muitas ambições pensadas para desenvolver este projeto.
E umaeventual cooperação entre o Famalicão e o Atl. Madrid, é algo que vê a acontecer?
IO – Talvez o façamos no futuro, sim, é possível.
Já assumiu que pretende a subida esta época, mas a longo prazo vê o Famalicão a jogar, por exemplo, nas competições europeias? IO – Sim. É um sonho.
Em que prazo acredita que isso pode ser possível?
IO – Essa é uma questão muito difícil [risos]. Mas pode acontecer. Agora, se me perguntar o que irá acontecer se, por exemplo, jogarem com o Atl. Madrid, essa é uma resposta ainda mais difícil [risos]. Teríamos de voltar a falar na altura.
Olhando agora para a sua entrada no mundo do futebol, que é recente, como tem sido a experiência até ao momento?
IO – Está a ser muito positivo. É algo que nunca fiz, mas que estou feliz por estar a fazer. Devo admitir que nunca imaginei que o futebol fosse tão interessante enquanto negócio e enquanto desporto. Gosto do aspeto internacional. Por exemplo, no Atl. Madrid já temos academias na Índia, na China, no México, em Israel. Estamos em todo o lado e isso agrada-me. *