MINISTÉRIO PÚBLICO QUER OUVIR JESUS
Procuradora quer adiar prazos para acusações com o objetivo de dar tempo ao treinador
O Ministério Público (MP) quer ouvir com urgência Jorge Jesus no âmbito do processo que investiga o ataque à Academia em maio, apurou Record.
Com os prazos para ser apresentada uma acusação a terminarem este mês, Cândida Vilar, procuradora do MP, já requereu junto do juiz de instrução criminal do Barreiro, Carlos Delca, uma extensão dos mesmos, de forma a escutar o ex-treinador do Sporting.
Há, de resto, um fator que ‘trava’ um regresso tão repentino do treinador, de 64 anos, a Portugal. Jesus, que esteve ao serviço dos leões durante três temporadas, só
CÂNDIDA VILAR TEME QUE POSSA HAVER PERTURBAÇÕES NA INVESTIGAÇÃO CASO SUSPEITOS FIQUEM EM LIBERDADE
pode voltar no próximo mês por motivos relacionados com a Justiça saudita.
Noutro âmbito, para Cândida Vilar, o atraso nas perícias feitas aos telemóveis, um elemento fundamental na investigação, também é um argumento que justifica um adiamento.
Suspeitos podem ficar livres
De resto, o próximo dia 21 é decisivo e também leva a procuradora a querer ouvir Jesus com celeridade. É que, nessa altura, cumpremse seis meses da detenção dos primeiros 23 suspeitos. Assim que essa data for atingida, e se o prazo não for alargado entretanto, todos poderão sair em liberdade. Isto porque não foi atribuído ao processo a classificação de especial complexidade. Este fator causa receio a Cândida Vilar, pois a procuradora do DIAP de Lisboa teme que os suspeitos possam perturbar a investigação. Por isso, existe a urgência em ouvir o agora treinador do Al Hilal, para cruzar as informações transmitidas por Jorge Jesus com outras, nomeadamente as conversas que manteve com Bruno de Carvalho.
Importa ainda referir que caso o prazo para a investigação seja alargado, o Ministério Público terá mais seis meses para fazer a acusação. *