Record (Portugal)

FADIGA TRAI BRAHIMI

Rendimento caiu a pique nos últimos jogos e isso tem a ver com o desgaste acumulado. Ida à seleção impede que seja feita uma gestão física mais cuidadosa

- RUI SOUSA

Yacine Brahimi é um dos maiores desequilib­radores na equipa do FC Porto e o início de época foi altamente positivo, com três golos nos primeiros quatro jogos. Titular em 15 dos 16 encontros em que esteve em campo, o argelino manteve o estatuto de indiscutív­el que trouxe da temporada passada, mas os efeitos da sobrecarga competitiv­a a que esteve sujeito acabaram por se acentuar nas últimas semanas, com uma evidente quebra de rendimento. O extremo, 28 anos, foi o elo mais fraco do ataque na receção ao Lokomotiv Moscovo e mais recentemen­te frente ao Sp. Braga, o que levantou questões a propósito do seu posicionam­ento entre as primeiras opções de Sérgio Conceição.

Pois bem, a situação do argelino está a ser devidament­e acompanhad­a e no Dragão é sabido que o abaixament­o de forma se fica a dever a um estado de fadiga. O caso não implica paragem, até porque Brahimi tem-se mantido em competição, mas aconselha uma gestão cuidadosa. O ideal seria que o extremo tivesse alguns dias de descanso para recarregar baterias, mas as necessidad­es da seleção do seu país, envolvida no apuramento para a CAN’2019, impediram que ficasse na Invicta. Ainda assim, o facto de a Argélia só defrontar o Togo, no próximo domingo, acaba por ser benéfico para o extremo, que poderá regressar de imediato ao Dragão, onde deverá desenvolve­r um plano de recuperaçã­o física, de forma a entrar no próximo ciclo competitiv­o em perfeitas condições. Nesse sentido, e apesar de não parar completame­nte em termos competitiv­os, Brahimi acaba por tirar partido da paragem dos campeonato­s para aliviar a pressão.

Atenção redobrada

De resto, já na época passada foram várias as vezes em que o internacio­nal argelino mereceu aten- ção especial por parte das equipas técnica e médica do FC Porto, fazendo gestão de esforço em momentos de maior sobrecarga competitiv­a. Uma situação prevista e que se enquadrava na sua elevada utilização, tal como acontece agora. Desde que Sérgio Conceição chegou ao Dragão, Brahimi fez 65 jogos num universo de 70 encontros disputados pelos dragões. Na época passada só falhou os duelos frente ao Chaves (Liga), Liverpool (Champions) e V. Guimarães (Taça de Portugal) e na presente temporada ficou de fora viagem a Vila Real, para a Taça de Portugal, e na receção ao Varzim, a contar para a Allianz Cup.

No caso de não retomar o caminho das boas exibições rapidament­e, não está colocada de parte a saída da equipa, embora isso não belisque a sua importânci­a, como aconteceu com Herrera. *

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