“Vou regressar ao futebol português”
Técnico revelou à revista da Liga que recusou uma proposta para renovar com o Al Hilal
Bastaram 13 jogos para Jorge Jesus conquistar a Arábia Saudita. O técnico apresenta um registo 100 por cento vitorioso ao comando do Al Hilal, mas o futuro a curto prazo passa por Portugal, como confidenciou em entrevista à revista ‘Liga-te’ da Liga, numa altura em que continua associado a um retorno a Alvalade ou à Luz. “Vou regressar ao futebol português e nada tem a ver com as pessoas do Al Hi- lal. Por muito que gostem de mim, o regresso a Portugal está nos objetivos”, avisou o treinador, campeão nacional com o Benfica por três vezes e que, depois de deixar o Sporting no final da época passada, optou por emigrar para bem longe. “É uma experiência. Nunca pensei sair do meu país, e quem me conhece sabe-o bem. Ou melhor, pensei que podia sair por uma ou duas razões: ou era para um clube da Europa ou por uma questão financeira. Não saí para a Europa e posso dizer que o Sporting gastava mais dinheiro comigo do que aquele que o Al Hilal me paga. A verdade é que saí... É difícil falar no dia de amanhã, mas penso que ficarei apenas mais uma época aqui [o contrato ter- mina em 2019]. O clube propôsme a renovação por três épocas, mas não vou aceitar.” Aliás, Jesus continua a acompanhar tudo o que se passa em Portugal – “na minha casa, temos todos os canais portugueses, inclusive os de desporto”, adiantou – e lamenta os jogos de bastidores. “Temos grandes jogadores! O nosso futebol é muito competitivo e temos um campeonato de alto nível. Os treinadores portugueses são reconhecidos mun- dialmente e são profissionais com grande conhecimento e estratégia. Mas, infelizmente, continuamos com o jogo fora das quatro linhas... Em Portugal parece estar instituído que a pressão ajuda a ganhar jogos e, enquanto não se acabar com esta ideia, não haverá paz no futebol português. Somos dos campeonatos europeus com mais qualidade, mesmo sabendo que não temos tanta capacidade de investimento como em outros.” *
“EM PORTUGAL PARECE ESTAR INSTITUÍDO QUE A PRESSÃO AJUDA A GANHAR JOGOS”, LAMENTOU O EX-SPORTING