Fazer justiça e seguir em frente
Escrevo esta rubrica após um fim de semana em que as manchetes dos jornais se voltaram a fazer com o que rodeia o futebol e, infelizmente, não deveria fazer parte dele. Acima de tudo quero reiterar aquela que entendo ser a obrigação dos agentes com responsabilidades no desporto, prosseguir o trabalho que nos compete, serenos e cientes de que a justiça será feita em cada um dos casos que interligam desgraçadamente o futebol e o crime.
É, sobretudo, preciso encontrar desfechos e evitar a perpetuação dos casos que retiram credibilidade ao futebol, ao mesmo tempo que afetam a serenidade e tranquilidade de quem trabalha nesta área e vê a dignidade da sua atividade ser contaminada pela suspeita permanente que sobre ela existe. Como também já referi, nos casos que envolvem crime aquilo que podemos esperar é que através da aplicação da lei, e dos princípios basilares do nosso estado de direito, seja feita justiça.
Voltandoaoiníciodareflexão e ao que o desporto deve promover, o Sindicato levará a cabo no âmbito do projeto SPIN –Sport Inclusion Network, financiado pelo Erasmus +, nos próximos dias 23 e 24, na Cidade do Futebol, a conferência europeia de encerramento do projeto, dedicada à reflexão sobre a Europa dos dias de hoje e o trabalho cada vez mais difícil que compete às organizações que trabalham na área da inclusão social de migrantes e refugiados, com enfoque no desporto e no potencial que tem para unir em momentos de crise.
Notafinalpara a solidariedade em torno de Battaglia. O gesto, simples, dos colegas de equipa e equipa técnica do Sportingperante a lesão grave do jogador mostra a consciência que nem sempre existe sobre a dureza de uma lesão destas e da recuperação que começa a fazer-se no plano psicológico. Reconheçolhe o espírito guerreiro e enviolhe um abraço, extensível a tantos outros atletas com lesões prolongadas na época em curso.