SAN SIRO VAI SER UM INFERNO
Aguarda a Seleção um grande teste: enfrentar um país que acredita na ressurreição
Portugal tem hoje um dos grandes testes ao seu momento atual e ao seu prestígio como campeão da Europa. Sem Cristiano Ronaldo, João Moutinho, Ricardo Quaresma, Pepe e o próprio Nani, a Seleção Nacional vem de uma sequência de três vitórias consecutivas e de uma projeção animadora relativamente a várias caras novas lançadas após o Mundial’2018. Depois de levar de vencida esta mesma Itália, a Polónia e a Escócia, a equipa nacional tem a qualificação para a fase final da Liga das Nações à distância de um empate com a equipa de Roberto – e, se as coisas não correrem bem, ainda lhe sobra o jogo com os polacos.
Os italianos chamam-lhe “milagre”: um ano depois de ter sido afastada do Campeonato do Mundo na Rússia – não falhava uma fase final desde 1958 –, Mancini teve arte e engenho para operar a reviravolta no ânimo dos jogadores e, principalmente, nos adeptos. Só um fe- nómeno difícil de explicar podia resultar em lotação esgotada no jogo de hoje – desde anteontem que não há bilhetes disponíveis. Em primeiro lugar, só com expectativas muito otimistas os italianos podem pensar que ainda têm condições para se qualificar – não dependem deles, mesmo que vençam –, depois porque a competição tem interesse relativo e depois, não menos importante, Portugal, sendo campeão da Europa, apresentase sem Cristiano Ronaldo – dizem os jornalistas que, com CR7, os ingressos teriam desaparecido há mais tempo.
UM ANO DEPOIS DE TER FICADO FORA DO MUNDIAL, ITÁLIA ACREDITA QUE MANCINI PODE OPERAR UM MILAGRE