“BdC desprezava todos os jogadores da equipa”
CONCLUSÃO DO DESPACHO DA ACUSAÇÃO NO ATAQUE À ACADEMIA MP acusa ex-líder e Bruno Jacinto de 98 crimes, incluindo terrorismo. Mustafá soma mais um
Bruno de Carvalho foi acusado pelo Ministério Público de ser autor moral do ataque à Academia, a 15 de maio, e foi indiciado de 98 crimes: 40 de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. Em igual situação à do ex-presidente está o
“FAÇAM O QUE QUISEREM”, TERÁ DITO O ANTIGO LÍDER A ALGUNS DOS INVASORES QUE QUERIAM IR “VISITAR” O PLANTEL
ex-oficial de ligação aos adeptos, Bruno Jacinto. Já o líder da claque Juve Leo, Mustafá, soma mais um, por “tráfico de estupefacientes”. Segundo o despacho da acusação, ao qual Record os três arguidos “conheciam o plano delineado pelos restantes primeiros 41 arguidos e determinaramnos à prática dos crimes”, que visavam “criar um ambiente de pânico e sofrimento físico e psicológico nos ofendidos”. No caso concreto do ex-líder, é frisado que BdC “manifestava sentimentos de des-
teve acesso,
prezo contra todos os jogadores da equipa principal, designadamente Rui Patrício e William Carvalho”. Diz o MP que, a 7 de abril, após a derrota em Madrid que motivou um ‘post’ no Facebook contra os jogadores, BdC terá “cedido às exi- gências dos coarguidos”, que queriam “visitar” os jogadores, dizendo-lhes “façam o que quiserem”. Um mês depois, na receção ao Benfica, Mustafá, “com a autorização do presidente, deu ordem para que fossem lançadas sobre Rui Pa- trício tochas acesas”. Nas buscas à sua casa, foi apreendido um telemóvel que, na madrugada do dia anterior ao ataque, regista 6 chamadas com Fernando Mendes, exlíder da Juve Leo e um dos 38 de 44 arguidos em prisão preventiva. *