Record (Portugal)

“Têm de pensar que é o Iraque”

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INVASORES ATÉ AMEAÇARAM LEVAR CAÇADEIRA

O despacho do MP detalha a forma como o ataque foi planeado, tendo sido criados grupos de WhatsApp para o efeito, onde participar­am a maioria daqueles que hoje estão detidos. Neles, eram recorrente­s as mensagens que incitavam à violência contra a equipa. No grupo ‘Exército Indomável’, dois dias antes da invasão, Patrício já era apontado. “É uma ganda m****. Esse é que devia levar umas kinkas”, escreveu Gustavo Tava- res. No dia seguinte, Emanuel Calças prometeu dar “bastonada” no guardião. “Levam todos menos o Bruno Fernandes. Até o Coentrão”, disse Ricardo Neves, no grupo ‘Piranhas on Tour’. “Eu quero bater neles e no Jesus também, parecia que tava na praia deitado f*****”, escreveu Filipe Alegria, reforçando: “O Bruno de Carvalho é que é maluco, mas é o c****** que vos f***”. Quando é sugerido uma ida a Alvalade ou à Academia, o mesmo arguido frisa: “Levam todos, até o Paulinho”. Na noite anterior à invasão, e num outro grupo - ‘Academia Amanhã’ -, o intuito do ato foi vincado: “Os jogadores têm de pensar que o Iraque chegou a eles”.

Após o ataque, a polícia apreendeu, entre outros, bastões, balaclavas ou artefactos pirotécnic­os, mas João Gonçalves ainda ameaçou levar uma “caçadeira” para “arrancar a cabeça do Acuña”. *

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