Pragmatismo e muita sabedoria
Justifica-se o apuramento de Portugal para a final four da Liga das Nações? Amplamente. Portugal demonstrou ser a melhor equipa do grupo. Basta atentar ao facto de faltar ainda um jogo para terminar a fase de grupos e a Seleção Nacional ter já garantido o apuramento...
Foi um empate sofrido? Na primeira parte, claro que sim. Portugal teve de sofrer muito. No segundo tempo, os dados do encontro alteraramse substancialmente. A Seleção conseguiu subir as linhas, controlar a partida e dispôs mesmo, por intermédio de William Carvalho, da melhor ocasião de golo do jogo. A precisar do empate para alcançar o apuramento, Portugal revelou grande pragmatismo, como já provara ser capaz.
Foi mais um exemplo de astúcia e sagacidade por parte de Fernando Santos? Sem dúvida. Embora o ‘sufoco’ italiano em alguns perío- dos da primeira parte não ter sido (obviamente) planeado, Fernando Santos soube jogar muito bem com as expectativas e anseios do adversário. Foi subindo as linhas à medida que as circunstâncias o aconselhavam e a vitória chegou mesmo a estar no horizonte. Não surgiu a cereja no topo do bolo mas o mais importante foi alcançado.
Ronaldo fez falta nesta fase inicial da Liga das Nações?
Obviamente que sim. Mas, tal como aconteceu no jogo da final do Euro’2016, Portugal atingiu os objetivos mesmo sem a presença do capitão de equipa.