Record (Portugal)

“Chegar ao Jamor é curto, quero ganhar”

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Chegar ao Jamor é um sonho?

PH – Chegar só é curto, quero ganhar. Já lá estive e perdi, por isso agora só me interessa ganhar. Não são 34 jogos para ganhar a Taça, são 90 minutos. Tudo pode acontecer. Ainda não houve surpresas, mas na próxima fase já haverá grandes jogos. Quem quer ganhar não pode escolher adversário­s. Se queremos ser bem-sucedidos temos de ultrapassa­r as adversidad­es.

Como é ser capitão do Vitória?

PH – Não escondo que quando me disseram que ia ser capitão fiquei um pouco surpreendi­do. Sou muito tímido, gosto de ficar sempre na minha. Mas fico feliz e gosto da responsabi­lidade.

Ser capitão é uma responsabi­lidade muito diferente da de ser apenas mais um jogador? PH – Não muda, num clube como o Vitória a responsabi­lidade dos jogadores é sempre muita. Mas passei a ter de estar atento a outro tipo de coisas, se um jogador não está bem tenho de levantar o moral. Não é ser líder dos outros dez, mas tenho de saber motivá-los, não posso ir abaixo, tenho de ser um exemplo para todos eles.

Com a chegada do André André passou a ter um braço-direito nessa tarefa?

PH – Claro que sim, ele é um líder. De certa forma, até mais do que eu. Foi muito importante ele vir, não só porque se trata de um enorme jogador, mas também pelas suas capacidade­s de liderança. Vai ajudar-nos muito.

Aépoca passada foi má, tanto a nível coletivo como individual. Foi um ano para esquecer?

PH – Para esquecer não foi, para relembrar. Foi uma época de experiênci­a. Coincidiu com uma época má do clube, eu tive lesões, problemas pessoais. Descobri que o corpo até pode estar bom, mas se a mente não estiver, as coisas não andam. Estava stres- sado, problemas familiares, com empresário­s. Não foi fácil, mas serviu de experiênci­a.

É agora um jogador melhor? PH – Sim, muito mais. Mais relaxado, a tirar realmente prazer daquilo que faço. E este tem de ser o caminho para o sucesso, não adianta olhar para os problemas em demasia. Penso no que faço bem e no que posso melhorar.

É a sua melhor época?

PH – Está ao nível da que fiz há

“O MAIOR SONHO É A SELEÇÃO DO BRASIL. E POSSO CHEGAR LÁ JOGANDO AQUI, ENTÃO SE FORMOS CAMPEÕES...”

dois anos. A nível defensivo, porque com a bola nos pés estou a jogar bem mais futebol.

Este é o melhor plantel que integrou desde que chegou, em 2015?

PH – Acho que sim. Há duas equipas para jogar. Nas outras épocas havia qualidade, mas o plantel não era tão extenso. Este não, há 22 jogadores com qualidade para serem titulares. Há quantidade e qualidade. Nas outras épocas era mais de qualidade, se alguém se aleijasse não havia tantas opções. Este plantel é melhor do que quando ficámos em 4º lugar, vamos ver o que fazemos, mas hoje acho que este é melhor. Não deixa que ninguém relaxe e isso aumenta a competitiv­idade e o rendimento.

Qual o seu maior sonho?

PH – Chegar à seleção brasileira. Ainda para mais agora, que a defesa do Brasil está em renovação.

É possível chegar lá jogando no Vitória?

PH – Claro que sim. Se continuarm­os assim, imaginem se formos campeões... É possível e tenho de acreditar. *

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