A justa recompensa

Um empate em Itália (registo inédito em jogos oficiais) garantiu a qualificação de Portugal para a final four da primeira edição da Liga das Nações. Convenhamos, todos nós estávamos ‘a ver’ a Seleção na fase final, uma vez que para lá chegarmos ‘bastava’ somar um ponto em Milão ou, na pior das hipóteses, vencer a Polónia no último jogo. Pois, mas estas coisas aparentemente tão simples, custam muito a conquistar e estão de acordo com aquela velha máxima: a sorte dá muito trabalho.

Neste caso, a ‘sorte’ deu um sofrimento danado. A 1.ª parte em San Siro, cemitério de tantos sonhos, foi um autêntico suplício. A nossa vontade em mandar no jogo, ou pelo menos dividilo, esbarrou numa ‘fúria’ azzurra que nos fez passar mal. Entregou-se o jogo ao adversário e valeu a organização e Rui Patrício para evitar males maiores. Muitos momentos passaram a sensação de que a fatalidade italiana acabaria por nos atingir. Felizmente, Portugal, na 2.ª parte, ganhou qualidade de saída e controlo de bola que permitiu conquistar a confiança e... o essencial.

O jogo de Guimarães vai ser, pois, o da consagração. Uma festa bem merecida para a Seleção de Fernando Santos – sem Ronaldo, sublinhe-se – e para a equipa dirigida por Fernando Gomes. O talento e a competência foram recompensados. Uma vez mais.