NADINE VIS S ER

Nadine Visser tem apenas 23 anos mas é já uma das referências do atletismo na Holanda e uma das esperanças para que o seu país faça boa figura em 2020, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O seu currículo já conta com algumas medalhas, destacando-se o ouro nos últimos Campeonatos Europeus de sub-23, em 2017, nos 100 metros barreiras. No entanto, entre as mais crescidas, também já se impôs, tendo garantido este ano o 3º lugar nos Mundiais de Pista Coberta, nos 60 metros barreiras. De resto, Visser, que também compete em heptatlo (foi 7ª nos Mundiais do ano passado e 19ª nos Jogos Olímpicos de 2016), é a ‘rainha’ na Holanda, já que detém o recorde nacional nos 100 metros barreiras, com uma marca (12,71 s) que a colocava entre as favoritas a arrecadar medalhas nos Europeus, que decorreram em agosto em Berlim. Acabou, para seu infortúnio, por se ficar pelo 4º lugar. Mas não falta tempo à holandesa para afirmar o seu nome entre a elite internacional e levar a ban- deira do seu país mais alto, numa história que até poderia ser bem diferente. É que Visser só passou a dedicar-se em exclusivo ao atletismo a partir dos 13 anos. Antes, esteve ligada ao desporto... mas à ginástica e ao futebol. * Nadine Visser é treinada por Bart Bennema, que é também o técnico de Churandy Martina, campeão europeu de 100 metros em 2016. O treinador reconhece qualidade na sua pupila. “Ela sabe como ninguém quais são os momentos certos para mostrar as suas melhores corridas”, disse ao ‘Hard Loop Network’, embora admita que há aspetos a melhorar. “Ela pode melhorar na passagem pelos obstáculos. Não tivemos tempo para o fazer quando treinámos o heptatlo, mas ela agora está mais dedicada às barreiras”, salientou. Mas Visser tem também uma treinadora de bancada... a mãe. “Muitas vezes sabe mais do que eu”, brincou, ao site Trouw, ao qual descreveu o seu estado de espírito quando algo corre mal nos treinos. “Quase posso chorar”, contou.