Record (Portugal)

TRIUNFO AO PAOK EXPLICADO

- VALTER MARQUES

Rui Vitória deu aula e revelou que erros do guardião adversário estavam previstos

Rui Vitória foi à Faculdade de Motricidad­e Humana, na Cruz Quebrada, explicar como preparou o jogo frente ao PAOK, na Grécia, que poderia colocar “uma época em causa”, pois estava em jogo a qualificaç­ão para a fase de grupos da Liga dos Campeões. E, para levar a melhor, o técnico revelou que a equipa esperava “erros do guarda-redes” adversário. A verdade é que esse dado foi estudado e acabou por se concretiza­r, quando

Alex Paschalaki­s cometeu penálti sobre Cervi, depois de perder o controlo da bola ao tentar evitar um pontapé de canto. Salvio foi chamado a converter e colocou o Benfica a vencer por 2-1, num jogo que terminou 4-1.

No regresso à faculdade onde se licenciou, Vitória teve um auditório repleto de estudantes atentos para perceberem como a equipa técnica preparou o encontro, abrindo um pouco o jogo sobre a forma como trabalha. Sobre o duelo com os gregos, assumiu que a maior preocupaçã­o era anular “Pelkas e Prijovic, o ponto forte deles”. Para tal, “o central tinha de ser rápido a ler o jogo, tinha de chegar mais rápido, tinha de tirar profundida­de de forma mais rápida e o jogador da posição 6 tinha muitas vezes de baixar para compensar”. As preocupaçõ­es defensivas começavam logo no “bloqueio do pontapé de saída para obrigar a que saíssem de forma direta”.

Sempre preocupado em falar no plural, deixando elogios à equipa que o acompanha, o ribatejano de 48 anos sublinhou a importânci­a dos relatórios com os dados do adversário. Neste capítulo, realçou o reconhecim­ento desse trabalho por parte do grupo. “Quando apresentam­os isto, fica um grau de certeza muito grande, pois é tudo filtrado, há dias inteiros de trabalho. Quando mostramos uma imagem, tem grande probabilid­ade de acontecer. Sabem que foi tudo visto e revisto e acreditam”, referiu.

Descanso é essencial

O treinador, que, emtomde brinca- deira, questionou se algum aluno trabalhava­numclube da Liga, pois estava a “abrir o jogo”, também abordou a forma como gere o físico do grupo, em ciclos de jogos de três em três dias. “Descansar é um dos aspetos a que damos mais importânci­a. Nos dois dias a seguir é descanso quase total. Temos perfis de jogadores, quem dorme melhor ou pior, tudo está monitoriza­do. No dia a seguir fazem trabalho de recuperaçã­o, no seguinte trabalho mais tático, no campo, mas de baixa intensidad­e. Não é só preparação física, tambémé preciso uma preparação mental.” *

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