PSP alega “questões de reserva”
A Direção Nacional da PSP justificou ontem que as omissões relativas à apreensão de artefactos pirotécnicos, no Benfica-FC Porto de 26 de abril de 2015, na Luz, por “questões de reserva operacional e processual”. Refere mesmo tratar-se de um “procedimento seguido em situações semelhantes”. De acordo com um email a que Record teve acesso e do qual deu eco na edição de ontem, o diretor de segurança do Benfica, Rui Pe- reira, enviou uma mensagem ao subintendente Pedro Pinto para “formalizar um agradecimento” à PSP. Isto depois de não ter sido mencionado que, dos 150 itens de pirotecnia apreendidos naquele clássico, 149 estavam na posse de adeptos encarnados.
Em reação à notícia do nosso jornal, a Direção Nacional da PSP deixou claro, em comunicado, que esta força “não oculta, nunca ocultou, não manipula, nem nun- ca manipulou, dados ou informações transmitidos publicamente”, frisando: “A PSP referiu, na altura, o número total de material proibido apreendido, sem referir a quem tinha sido apreendido.” E adiantou que “os factos foram alvo de participação à autoridade judiciária competente, à FPF, à Liga e ao IPDJ”, reforçando: “Todos os dados sobre quem tinha a posse dos artigos objeto de apreensão foram transmitidos às autoridades.” *