Record (Portugal)

“Temos de observar as equipas do Keizer”

- PEDRO PONTE

Menor conhecimen­to das dinâmicas do novo técnico vai obrigar a trabalho redobrado

Rogério Sousa vai viver um dos momentos mais especiais da carreira no próximo sábado mas, para manter o plantel com os pés bem assentes no chão, o treinador de 47 anos já fez questão de dizer que, enquanto jogador, o momento mais marcante que viveu até foi um jogo no qual subiu de divisão. Isto apesar de ter defrontado alguns ‘grandes’.

Agora vem lá o Sporting e a tarefa não vai ser nada fácil, até porque a mudança de treinador, de certa forma, também acabou por prejudicar os planos do Lusitano Vildemoinh­os. “Teríamos mais algumas hipóteses pelo facto de já conhecermo­s as dinâmicas do Peseiro. Agora temos de ir ver as equipas do Keizer para perceber as dinâmicas e estudar as movimentaç­ões. É uma incógnita aquilo que vamos encontrar, mas talvez ele também não tenha tempo para colocá-las em prática”, começa por explicar Rogério Sousa, lembrando, no entanto, que as diferenças entre os dois clubes “são enormes”: “Nós trabalhamo­s durante o dia e treinamos à noite. Um jogador profission­al treina, descansa e volta a treinar. Infelizmen­te, só consigo pensar no futebol quatro horas por dia, porque sou vendedor de automóveis, mas gostava de pensar oito. Tenho de almoçar em 10 minutos para preparar o treino com os meus adjuntos e depois, à noite, temos de colocar tudo em prática em hora e meia, enquanto o Sporting tem o dia todo para trabalhar.”

“INFELIZMEN­TE SÓ CONSIGO PENSAR NO FUTEBOL QUATRO HORAS POR DIA, PORQUE SOU VENDEDOR DE AUTOMÓVEIS”

Uma montra

Garantir um lugar entre os dois primeiros da Série B do Campeonato de Portugal é o objetivo do Lusitano, mas a Taça de Portugal é sempre especial. “Será um marco na história dos jogadores. Temos alguns jovens com valor e será uma montra para eles. É um jogo que nos vai trazer um mediatismo nunca antes visto”, atirou, lamentando ainda o facto de o Estádio dos Trambelos não ter condições para receber o Sporting: “Se jogássemos na nossa casa a margem de favoritism­o deles diminuía. Mas seria difícil em termos logísticos e de infraestru­turas.” *

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PAIXÃO. Rogério Sousa concilia o treino com o trabalho num stand de automóveis

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