“Temos de observar as equipas do Keizer”
Menor conhecimento das dinâmicas do novo técnico vai obrigar a trabalho redobrado
Rogério Sousa vai viver um dos momentos mais especiais da carreira no próximo sábado mas, para manter o plantel com os pés bem assentes no chão, o treinador de 47 anos já fez questão de dizer que, enquanto jogador, o momento mais marcante que viveu até foi um jogo no qual subiu de divisão. Isto apesar de ter defrontado alguns ‘grandes’.
Agora vem lá o Sporting e a tarefa não vai ser nada fácil, até porque a mudança de treinador, de certa forma, também acabou por prejudicar os planos do Lusitano Vildemoinhos. “Teríamos mais algumas hipóteses pelo facto de já conhecermos as dinâmicas do Peseiro. Agora temos de ir ver as equipas do Keizer para perceber as dinâmicas e estudar as movimentações. É uma incógnita aquilo que vamos encontrar, mas talvez ele também não tenha tempo para colocá-las em prática”, começa por explicar Rogério Sousa, lembrando, no entanto, que as diferenças entre os dois clubes “são enormes”: “Nós trabalhamos durante o dia e treinamos à noite. Um jogador profissional treina, descansa e volta a treinar. Infelizmente, só consigo pensar no futebol quatro horas por dia, porque sou vendedor de automóveis, mas gostava de pensar oito. Tenho de almoçar em 10 minutos para preparar o treino com os meus adjuntos e depois, à noite, temos de colocar tudo em prática em hora e meia, enquanto o Sporting tem o dia todo para trabalhar.”
“INFELIZMENTE SÓ CONSIGO PENSAR NO FUTEBOL QUATRO HORAS POR DIA, PORQUE SOU VENDEDOR DE AUTOMÓVEIS”
Uma montra
Garantir um lugar entre os dois primeiros da Série B do Campeonato de Portugal é o objetivo do Lusitano, mas a Taça de Portugal é sempre especial. “Será um marco na história dos jogadores. Temos alguns jovens com valor e será uma montra para eles. É um jogo que nos vai trazer um mediatismo nunca antes visto”, atirou, lamentando ainda o facto de o Estádio dos Trambelos não ter condições para receber o Sporting: “Se jogássemos na nossa casa a margem de favoritismo deles diminuía. Mas seria difícil em termos logísticos e de infraestruturas.” *