Record (Portugal)

GERALDES QUEBRA O SILÊNCIO

EX-TEAM MANAGER DO SPORTING NEGA ENVOLVIMEN­TO NO CASO CASHBALL

- VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES

“Não sou corrupto”

“Não dei ordem para comprar nenhum árbitro”

“Até a Polícia disse que era imprevisív­el”

“O clima criado não foi o melhor”

“Triste por não me ter dado o benefício da dúvida” PIRES DE LIMA APELA AO INVESTIMEN­TO DOS SPORTINGUI­STAS “Acredito muito neste caminho de recuperaçã­o”

OS INTERR OGATÓR IOS A FERNANDO MENDES E AL EL UIA

André Geraldes considera que nada podia ter feito para evitar o ataque à Academia a 15 de maio. “Eu tinha a responsabi­lidade de gerir o futebol profission­al. Tinha o clube virado de pernas para o ar. Não sabia se o treinador estava despedido ou não, tinha os jogadores a quererem falar com a direção. Eu estava a tentar pacificar, a fazer o papel da ONU. No meio do caos parava para pensar que íamos ter um ataque terrorista?! Os dias 14 e 15 foram incríveis. Até a Polícia disse em comunicado que era perfeitame­nte imprevisív­el”, recordou, em entrevista à CM TV. Geraldes nega ter dado instruções a árbitros ou ter subornado jogadores para favorecere­m o Sporting em jogos de andebol ou futebol, acusações que constam do processo Cashball. Questionad­o ainda se é corrupto, o antigo dirigente do Sporting foi taxativo. “Obviamente que não. Estou de consciênci­a completame­nte tranquila e aguardo com serenidade. As pessoas do Sporting também podem estar tranquilas. Vamos deixar a investigaç­ão fazer o seu caminho e veremos no fim se não haverá surpresas”, disse André Geraldes, que amanhã começa a

trabalhar no Farense [mais informação na página 28].

Geraldes voltou a ser perentório quando questionad­o sobre de Bruno de Carvalho alguma vez lhe pediu que corrompess­e, no sentido de favorecer o Sporting. “Não”, respondeu. O ex-presidente seria de novo tema a propósito do ataque à Academia. Geraldes, que terá sido vítima de alegadas ameaças do próprio, não ‘diabolizou’ BdC. “Foi meu presidente cinco anos. Quem está à espera que faça um achincalha­mento público, não conte comigo para esse peditório. A partir de janeiro, as coisas começaram a não sair tão bem. Pelo estilo de comunicaçã­o, obviamente, pode concluir-se que o clima criado não foi o melhor, mas não estou a responder à questão de Alcochete”, esclareceu, sem querer comentar o corte de relações com Bruno. “São questões do foro pessoal .Não tenho falado com ele”. Geraldes revelou ainda estar magoado com Frederico Varandas por causa do caso Cashball. “Por ter sido o único de todos os candidatos que não me deu o benefício da dúvida. Posso dizer que fiquei triste, mas isso vale o que vale. Espero que o Sporting tenha muito sucesso”, referiu. *

“ATÉ A POLÍCIA DISSE EM COMUNICADO QUE ERA PERFEITAME­NTE IMPREVISÍV­EL”, DECLAROU NA CM TV

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DE VOLTA. André Geraldes falou pela primeira vez desde que foi impli cado no caso Cashball

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