TREINOU COM O LUSITANO DE VILDEMOINHOS
Record treinou-se com o Lusitano Vildemoinhos e testemunhou a vontade do grupo de fazer história
São 19 horas em ponto, estão 7 graus e chove quando chegamos ao Estádio dos Trambelos, casa do Lusitano Vildemoinhos, adversário do Sporting na 4ª eliminatória da Taça de Portugal. O treino está marcado para 30 minutos depois, mas, por ser sexta-feira, os trabalhos são transferidos para o campo Alves Madeira, no Parque Desportivo do Fontelo. É sempre assim, até para permitir algum descanso ao relvado dos Trambelos. A reportagem de Record segue viagem na carrinha do clube até ao local do treino e é ali, mesmo antes das 19h, que já se encontra Rogério Sousa, o treinador do atual 5º classificado da Série B do Campeonato de Portugal. “Se for para mostrar ao Keizer, nada de fotografias”, diz-nos, em tom de brincadeira, Gustavo Guerreiro, adjunto que o acompanha no Lusitano desde 2016/17, antes de os jogadores, um
“SE É PARA MOSTRAR AO KEIZER, NADA DE FOTOGRAFIAS”, ATIRA GUSTAVO GUERREIRO, TÉCNICO ADJUNTO DO CLUBE VISEENSE
a um, entrarem no balneário para a palestra. Cada um, diga-se, já tinha ido ao Estádio dos Trambelos buscar o cesto com o respetivo equipamento de treino. Ainda com alguns dias pela frente até à receção ao Sporting, que marcará um dos momentos mais importantes na história do clube que deu Carlos Lopes ao Mundo, havia outros objetivos em mente, como o importante duelo com o Penalva do Castelo, fora, a contar para a 12ª ronda do Campeonato de Portugal. Por isso, antes desse jogo de domingo – que o adversário do Sporting ganhou por 5-1 –, os leões ainda não faziam parte da equação. À medida que vão entrando no balneário, as caras dos jogadores são reveladora da presença do nosso jornal. Não é todos os dias que têm a companhia de uma equipa de reportagem no treino. E não apenas em trabalho. “Temos connosco o Record e vamos recebê-los bem”, atirou Rogério Sousa, antes da palestra e da visualização de vídeos de bolas paradas. E assim foi, ainda que tenhamos sido brindados com um ‘túnel’ logo no habitual exercí cio da rabia. Não foi a melhor for ma de receber os convidados...
Já sem fôlego?
Ainda nem cinco minutos tinham decorrido desde o início do treino já dávamos sinais de fadiga. Afinal de contas, não é todos os dias que temos a oportunidade de realizar um treino ‘a sério’. “Já está sem fôlego? Não pode ser, tem de correr”, diz-nos Murilo Rosa, um dos maestros do meio-campo do emblema viseense. O ambiente do treino fica cada vez mais sério, mas
basta uma escorregadela e consequente queda do nosso jornalista para as caras mais fechadas e concentradas dos jogadores darem lugar a valentes gargalhadas. Não participámos no treino das situações de jogo, mas voltámos para o exercício final (e hilariante) no qual, de mãos dadas com Uros Smolovic, Badi Sea, Ruca e Calico, tentávamos dar toques com a bola sem deixar cair. Acabámos a carregar a baliza, o que serviu de lição. Mas uma coisa é certa: pela boadisposição, o Lusitano Vildemoinhos já ganhou. *