Record (Portugal)

FALTA DE VONTADE SENTENCIOU SONHO

- CRÓNICA DE PEDRO MALACÓ

Portugal deixou fugir oacessoao Europeu desub-21, porcausade­um arranque despreocup­ado

Todos os baldes de água fria custam a engolir, mas os que ontem naufragara­m a armada lusa em Chaves foram um atentado a sangue-frio, pela facilidade com que a Polónia deu a volta ao playoff em menos de meia hora e carimbou o passaporte para o Europeu que se realiza em Itália no próximo ano.

Contas feitas, Portugal entrou a dormir, pagou caro e jogou pouco, muito pouco. Tão pouco que só despertou depois de levar dois estalos dos polacos e, quando procurou levantar-se, de tão atarantado, ficou mesmo a jeito de levar a terceira bofetada. Morrer na praia, por ineficácia ou supremacia adversária, não é vergonha, mas a derrocada que compromete­u as aspirações lusas foi horrível, tão-só porque o erro foi excesso de confiança. Ausência de dinâmica de um miolo de meninos apelidados de ouro, mas que ontem foram de coro, centrais tão macios como as peúgas de domingo à tarde e a falta de comparênci­a que se verificou nos corredores resumem o convite à derrocada. Quando a tal vontade lá decidiu entrar em campo, já o jogo estava transforma­do numa panela de pressão que a Polónia soube cozinhar com serenidade. Rui Jorge ainda foi ao banco buscar a irreverênc­ia de Rafael

ENTREGA TOTAL DA POLÓNIA DEU A VOLTA AO PLAYOFF E DEFINIU O APURAMENTO EM MENOS DE 30 MINUTOS

Leão para sacudir a letargia dos cruzamento­s largos. O golo de Diogo Jota abalou o conforto dos polacos, mas o atreviment­o foi efémero e a falta de explosão atirou a reta final para um grau de demasiada previsibil­idade.

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ARRASADOS. Jogadores nem conseguira­m evitar as lágrimas

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