Record (Portugal)

UMA HORA A TENTAR CONVENCER JUÍZA

Ana Peres esteve na Luz e Benfica procurou mostrar que não houve tratamento privilegia­do

- NUNO MARTINS

Bastou uma hora para que Ana Peres, juíza responsáve­l pela instrução do processo E-Toupeira, inspeciona­sse as garagens e outros locais do Estádio da Luz. Esta diligência foi requerida pela Benfica SAD, arguida no processo, e o objetivo era demonstrar que os funcionári­os judiciais José Silva e Júlio Loureiro não usufruíram de tratamento privilegia­do nem assistiram aos jogos em locais VIP do estádio, contrarian­do a tese do Ministério Público.

No dia em que se assinalou uma semana do arranque da instrução, a juíza, a mesma do caso Casa Pia, entrou na garagem da Luz às 14

MAGISTRADA ESTEVE ACOMPANHAD­A PELOS ADVOGADOS RUI PATRÍCIO E SARAGOÇA DA MATTA

horas, embora essa perícia começasse 20 minutos depois. Ana Peres esteve acompanhad­a dos advogados do Benfica, Rui Patrício e Paulo Saragoça da Matta. Segundo o despacho do procurador do Ministério Público, Valter Alves, os referidos funcionári­os judiciais davam a Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico das águias, informaçõe­s de processos, inclusive de clubes adversário­s, em troca de “tratamento privilegia­do junto do Benfica, designadam­ente para assistênci­a a jogos em condições favoráveis”. A 20 de janeiro passado, os investigad­ores fotografar­am Paulo Gonçalves a oferecer camisolas a José Silva e a Júlio Loureiro, após o jogo com o Chaves. Isto sem esquecer as fotografia­s das alegadas ‘toupeiras’ ao lado dos jogadores, na garagem reservada à equipa.

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PONTUAL. Ana Peres chegou às 14 horas

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