“BOAVISTA É MAIS DO QUE PENSEI”
Chegou esta temporada ao Bessa e, aos poucos, tem conquistado espaço nas opções de Jorge Simão. Com passagens pelo Inter e pelo Parma no currículo, está a viver de xadrez ao peito uma das melhores aventuras da carreira
Chegou esta temporada ao Bessa. Como surgiu esta oportunidade?
OBIORA – Eu estava na Grécia, no Levadiakos, e essa experiência não estava a correr como eu queria. Na segunda época queriam que eu renovasse, mas recusei. Não foi uma passagem fácil para mim, por todas as razões. Entretanto, o treinador [Jorge Simão] já tinha tentado contratar-me quando eu estava na Académica e ele no Chaves, ainda antes de eu ir para a Grécia, mas na altura não se concretizou. Não sei ao certo a razão, mas acabou por não aconte- cer. Eu também só soube disso neste verão, que o técnico já me conhecia e que me queria na equipa dele. Depois, ele falou com os dirigentes e eles também gostaram da ideia de eu vir para cá.
Já tinha jogado com o Boavista antes, quando ainda estava na Académica. Conhecer o clube e o país foi preponderante para aceitar a oportunidade? O – Sim, foi. Na altura, esse jogo não correu muito bem. Perdemos por 1-0, com um autogolo, mas foi uma boa experiência. Acho que foi o meu segundo jogo aqui em Portugal e eu na altura ainda estava a adaptar-me, mas acabou por ser importante para eu aceitar vir para aqui. Isto porque, apesar de eu não conhecer muito bem o clube, fiquei a saber que tinha uma grande história e que seria uma grande honra para mim poder vestir esta camisola. Na altura, gostei muito da minha primeira passagem por cá. Gostei muito do país, das pessoas e do campeonato, que não tem nada que ver com o da Grécia. O nível aqui é muito mais elevado, sem dúvida. Foi umapossibilidade que aceitou prontamente?
O – Sim, completamente. Não pensei duas vezes quando o convite chegou. E ainda bem. Estou muito feliz aqui. Portanto, o balanço, até ao momento, é positivo.
O – Sim. O Boavista está a ser muito melhor do que esperava, está a superar por completo as minhas expectativas. Está a ser uma das melhores e mais importantes experiências da minha carreira, definitivamente.
Ainda assim, teve umarranque difícil, em que esteve entregue ao departamento médico. Agora tem sido opção regular. Está feliz com o seu atual momento? O – Estou muito feliz com a fase que estou a atravessar. Estou a gostar de estar de volta e de poder ser mais uma opção para o treinador, de conseguir ajudar os meus colegas. Infelizmente, a equipa não está a passar um bom período, mas eu sei que com o grupo que temos e com a equipa técnica que temos, vamos ser capazes de ultrapassar este momento menos positivo em que nos encontramos. Temos um balneá- rio muito forte e existe uma grande crença de que vamos conseguir dar a volta a tudo isto.
Nos quatro jogos em que foi chamado ao onze, a equipa só sofreu dois golos. Acredita que tem sido importante na manobra defensiva?
O – Só fiz a minha parte, como qualquer jogador que joga na mesma posição que eu procura fazer. O crédito é de todos. A equipa está a trabalhar melhor defensivamente nos últimos jogos, agora só falta marcar golos. Esse é um aspeto em que também estamos a trabalhar para melhorar e acredito que vamos conseguir.
Nesta fase menos positiva, quem são os jogadores mais im- portantes no balneário, que mais puxam pela equipa?
O – Os mais velhos e os capitães puxam muito por nós e é claro que isso é muito importante num ambiente de balneário. Ajuda-nos muito. Mas eu acho que temos um grupo que não precisa de ter alguém que esteja constantemente a fazê-lo, porque cada um sabe o seu papel e sabe o que tem de fazer para ajudar a equipa a evoluir. Estamos unidos, fortes e temos noção da fase que estamos a passar.
E quem são os jogadores mais animados? Aqueles que têm sempre uma palavra otimista nos momentos complicados?
O – O Fábio Espinho e o Rochinha são os mais alegres, aqueles que mais divertem o balneário, isso sem dúvidas. O Rochinha, em particular, está sempre a brincar comigo.
Jorge Simão tem tido um discurso muito forte no que toca à crença na retoma. Essa ambição é algo que ele passa para os jogadores? É algo que o caracteriza?
O – Sim, ele mostra-nos isso diariamente, fortemente. Puxa muito por nós. *
“NÃO PENSEI DUAS VEZES QUANDO O CONVITE CHEGOU. E AINDA BEM. SINTO-ME MUITO FELIZ AQUI NO BESSA”
“TEMOS UM BALNEÁRIO MUITO FORTE E EXISTE UMA GRANDE CRENÇA DE QUE VAMOS CONSEGUIR DAR A VOLTA”