Record (Portugal)

“BOAVISTA É MAIS DO QUE PENSEI”

Chegou esta temporada ao Bessa e, aos poucos, tem conquistad­o espaço nas opções de Jorge Simão. Com passagens pelo Inter e pelo Parma no currículo, está a viver de xadrez ao peito uma das melhores aventuras da carreira

- PEDRO MORAIS

Chegou esta temporada ao Bessa. Como surgiu esta oportunida­de?

OBIORA – Eu estava na Grécia, no Levadiakos, e essa experiênci­a não estava a correr como eu queria. Na segunda época queriam que eu renovasse, mas recusei. Não foi uma passagem fácil para mim, por todas as razões. Entretanto, o treinador [Jorge Simão] já tinha tentado contratar-me quando eu estava na Académica e ele no Chaves, ainda antes de eu ir para a Grécia, mas na altura não se concretizo­u. Não sei ao certo a razão, mas acabou por não aconte- cer. Eu também só soube disso neste verão, que o técnico já me conhecia e que me queria na equipa dele. Depois, ele falou com os dirigentes e eles também gostaram da ideia de eu vir para cá.

Já tinha jogado com o Boavista antes, quando ainda estava na Académica. Conhecer o clube e o país foi prepondera­nte para aceitar a oportunida­de? O – Sim, foi. Na altura, esse jogo não correu muito bem. Perdemos por 1-0, com um autogolo, mas foi uma boa experiênci­a. Acho que foi o meu segundo jogo aqui em Portugal e eu na altura ainda estava a adaptar-me, mas acabou por ser importante para eu aceitar vir para aqui. Isto porque, apesar de eu não conhecer muito bem o clube, fiquei a saber que tinha uma grande história e que seria uma grande honra para mim poder vestir esta camisola. Na altura, gostei muito da minha primeira passagem por cá. Gostei muito do país, das pessoas e do campeonato, que não tem nada que ver com o da Grécia. O nível aqui é muito mais elevado, sem dúvida. Foi umapossibi­lidade que aceitou prontament­e?

O – Sim, completame­nte. Não pensei duas vezes quando o convite chegou. E ainda bem. Estou muito feliz aqui. Portanto, o balanço, até ao momento, é positivo.

O – Sim. O Boavista está a ser muito melhor do que esperava, está a superar por completo as minhas expectativ­as. Está a ser uma das melhores e mais importante­s experiênci­as da minha carreira, definitiva­mente.

Ainda assim, teve umarranque difícil, em que esteve entregue ao departamen­to médico. Agora tem sido opção regular. Está feliz com o seu atual momento? O – Estou muito feliz com a fase que estou a atravessar. Estou a gostar de estar de volta e de poder ser mais uma opção para o treinador, de conseguir ajudar os meus colegas. Infelizmen­te, a equipa não está a passar um bom período, mas eu sei que com o grupo que temos e com a equipa técnica que temos, vamos ser capazes de ultrapassa­r este momento menos positivo em que nos encontramo­s. Temos um balneá- rio muito forte e existe uma grande crença de que vamos conseguir dar a volta a tudo isto.

Nos quatro jogos em que foi chamado ao onze, a equipa só sofreu dois golos. Acredita que tem sido importante na manobra defensiva?

O – Só fiz a minha parte, como qualquer jogador que joga na mesma posição que eu procura fazer. O crédito é de todos. A equipa está a trabalhar melhor defensivam­ente nos últimos jogos, agora só falta marcar golos. Esse é um aspeto em que também estamos a trabalhar para melhorar e acredito que vamos conseguir.

Nesta fase menos positiva, quem são os jogadores mais im- portantes no balneário, que mais puxam pela equipa?

O – Os mais velhos e os capitães puxam muito por nós e é claro que isso é muito importante num ambiente de balneário. Ajuda-nos muito. Mas eu acho que temos um grupo que não precisa de ter alguém que esteja constantem­ente a fazê-lo, porque cada um sabe o seu papel e sabe o que tem de fazer para ajudar a equipa a evoluir. Estamos unidos, fortes e temos noção da fase que estamos a passar.

E quem são os jogadores mais animados? Aqueles que têm sempre uma palavra otimista nos momentos complicado­s?

O – O Fábio Espinho e o Rochinha são os mais alegres, aqueles que mais divertem o balneário, isso sem dúvidas. O Rochinha, em particular, está sempre a brincar comigo.

Jorge Simão tem tido um discurso muito forte no que toca à crença na retoma. Essa ambição é algo que ele passa para os jogadores? É algo que o caracteriz­a?

O – Sim, ele mostra-nos isso diariament­e, fortemente. Puxa muito por nós. *

“NÃO PENSEI DUAS VEZES QUANDO O CONVITE CHEGOU. E AINDA BEM. SINTO-ME MUITO FELIZ AQUI NO BESSA”

“TEMOS UM BALNEÁRIO MUITO FORTE E EXISTE UMA GRANDE CRENÇA DE QUE VAMOS CONSEGUIR DAR A VOLTA”

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