“Há histórias suficientes para o segundo livro”
amigo do Maniche há muitos anos. Como surgiu esta ideia de lançar o livro? TIAGO GUADALUPE – Ele tinha essa ambição de ter uma história que retratasse a vida dele. A partir daí foi fácil fazer o esqueleto do livro.
Deu muito trabalho?
TG – Nada se consegue sem trabalho. Aprópria carreira do Maniche não teria sido feita sem trabalho. Para escrever umlivro destes é preciso existir cumplicidade, lealdade e amizade, e isso sempre esteve garantido. Funcionámos na perfeição porque não precisamos de muitas palavras para nos entendermos. Mas também foi difícil, porque é uma carreira recheada de conquistas. Aliás, ainda não comentei com o Maniche, mas se ele quiser fazer um segundo livro, há histórias mais do que suficientes para isso.
Recordar as histórias deve ter sido divertido...
TG – Houve risos, lágrimas de emoção, houve de tudo. O livro é a vida dele e retrata na perfeição o que está por detrás de uma carreira de sucesso e as pessoas não têm noção disso. A vida de um futebolista não é perfeita. * ligou para minha casa e do outro lado ouviu uma voz distorcida que, sem ouvir nada do outro lado, disse: ‘Papai não está’. O presidente respondeu: ‘Não está?! Senhor Scolari, daqui é Gilberto Madaíl, da Federação Portuguesa…’ ‘Ui, aí mudei a voz e pedi desculpa pela situação: ‘Presidente, sou eu, claro. Desculpe, mas tinha de responder assim, pois os franceses sem sair do hotel, tentaram tudo para me convencer. Foram melhorando as condições salariais e ao nível dos prémios de jogo; acrescentaram alojamento, uma mansão toda dourada e onde, entre outros pormenores, os puxadores dos armários eram banhados a ouro; ofereceram-me um motorista para me conduzir no caótico trânsito moscovita e seguran-