Record (Portugal)

“Varandas fazia inspeções aos petizes e traquinas”

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Por que razão crê que Frederico Varandas apostou em si para um cargo tão relevante como este?

PG – [risos] Essa pergunta tem de a fazer a ele… Eu e ele sabemos o que conversámo­s ao longo dos tempos. Mas isso são coisas que não posso responder, ele responderá.

Mas pode dizer-nos quando recebeu o convite do presidente? PG - Foi depois de ele ter sido eleito, apesar de já o conhecer há mais tempo. A minha entrada no Polo EUL até coincidiu, mais ou menos, com a entrada dele no clube. Conhecemo-nos era ele diretor clínico. Ele sempre marcou pela diferença, porque no início de cada época fazia questão de ir fazer inspeções clínicas aos petizes e aos traquinas. Isso foi algo que nos foi ligando. Não é habitual um diretor clínico de um grande clube ter essa preocupaçã­o. E não foi só um ano, foram dois, três, quatro, cinco… Até agora, até ser presidente. E ao longo da época, se havia uma ou outra lesão mais complicada - o que não é costume nesses escalões - ele estava presente. Foi uma pessoa que foi marcando pela sua presença. Quando isto acontece, é normal que as pessoas perguntem: ‘Então, mas o médico da equipa principal é que vem fazer as inspeções? Isto é bom sinal? É sinal de que há ligação e interesse?’ Desde aí fomos conversand­o, falávamos das dificuldad­es que tínhamos no Polo EUL e no que tínhamos a melhorar. E temo-lo feito, não tenho dúvidas, principalm­ente ao nível das condições de trabalho das pes- soas que ali trabalham. Convém os sócios e simpatizan­tes do Sporting saberem que ali funcionam as equipas de formação. É dali que surge a nossa semente.

Uma das primeiras ações do presidente foi visitar o Polo EUL acompanhad­o porjogador­es. Esse tipo de relacionam­ento com os mais jovens é algo que fazia falta? PG - Sim, claro. E já lá voltou. A promessa do presidente, que a tem cumprido, é que, se pudermos, levamos lá uma vez por mês jogado-

“FALEI COM O PRESIDENTE SOBRE AS DIFICULDAD­ES DO POLO EUL E O QUE HAVIA A MELHORAR. É DALI QUE SURGE A NOSSA SEMENTE”

res da equipa principal. Ainda agora, na comemoraçã­o do magusto, estiveram lá o Misic e o Ristovski. Assim, os nossos jovens atletas estão em contacto com as estrelas que eles querem ser no futuro; e os nossos jogadores profission­ais apercebem-se da nossa formação.

Há, assim, uma ligação mais estreita entre o futebol de formação e o profission­al?

PG - Essa é uma medida mais visual. Mas estamos a criar outras, para que haja essa tal ligação ao nível da formação e trabalho interno entre os vários departamen­tos, para que não haja uma separação tão grande. *

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