Organizar e com calma
Sporting é hoje um clube com vários problemas para resolver e com um défice de comunicação positiva que lhe dificulta ainda mais a vida. A realização do empréstimo obrigacionista foi um triunfo para Frederico Varandas, ainda que, pela primeira vez, o clube de Alvalade não tenha atingido o objetivo a que se propôs. Ainda assim, facilmente percebemos que os leões vivem circunstâncias excecionais e que tudo o que diz respeito a Alcochete atrapalhou a operação. Para além disso, houve pouco apoio das entidades bancárias e mesmo o Montepio, que lançou a operação, terá tirado o tapete na questão do empréstimo intercalar.
Varandas e Zenha não calaram a revolta. Que entendam que os associados de um clube têm muita força. Como se viu nos últimos dias do empréstimo obrigacionista, quando intensificaram a campanha, deixados ao abandono pelas entidades bancárias. É utilizar bem essa força. Sem os excessos de fanatismo do líder anterior. Mas sem que o Sporting seja marginalizado por ser demasiado bonzinho num futebol quase marginal. A união do clube só poderá chegar se os leões perceberem que precisam de um registo entre o que se designou de ‘croquetes’ e o povo. São muitos os desafios, do futebol ao marketing, da formação às modalidades. Não será fácil e o clube precisa de enterrar croquetes, brunistas, sportingados e afins. Todos serão poucos.