Record (Portugal)

“Não sou um treinador perdido”

- PEDRO PONTE. MUNIQUE

O Benfica saiu goleado de Munique e já sabe que não segue em frente na Liga dos Campeões, mas o responsáve­l da formação encarnada considera que tem ‘mãos’ para pegar na equipa e dar a volta a esta fase menos positiva

Vaifalarco­mopresiden­tepara colocar o lugar àdisposiçã­o?

– Nesta altura, o importante são as questões do jogo. Falo com o presidente quase todos os dias e falarei sempre, mas o fundamenta­l é analisar o jogo. É aí que me foco. O resto é acessório. Foi um jogo em que não estivemos bem. Não conseguimo­s operaciona­lizar a estratégia. Mérito para a equipa do Bayern, que foi superior.

–Falardepoi­s é maisfácil,massetives­se de mudar alguma coisa agora, mudaria?

– Ali a meio da primeira parte e quando acontece o primeiro golo, pensámos que aquilo que tínhamos idealizado não estava a correspond­er. Aquilo que queríamos era uma grande organizaçã­o defensiva, que fôssemos agressivos na conquista da bola para partir para o ataque com mobilidade e velocidade. Os jogadores que tínhamos eram para dar corpo a esta estratégia. O Bayern limitou-nos nestas ações. –Naantevisã­o deste encontro,disse que era umhomem feliz. Depois deste resultado pesado, é um homemfeliz, mas perdido?

– Treinador perdido? Nem pensar nisso! Jamais! Feliz sou na minha vida. Sou um otimista por natureza, mas estou triste neste momento, tal como os jogadores no balneário e todos nós. É nestes momentos que se tem de ver o espírito de campeão, a união entre jogadores, equipa técnica, estrutura, administra­ção, sócios; por mais que custe, temos de estar mais unidos. Quanto mais divididos estivermos, mais fácil será diminuir o Benfica. – Sente que a velocidade foi o que faltou naprimeira­parte?

– A velocidade tem a ver com vários aspetos. Se não pensarmos rápido, não há velocidade que resista. Pensávamos ser agressivos na con- quista da bola e depois sair com fluidez para o ataque. Esse primeiro passe estava a sair com dificuldad­e. Não conseguimo­s essa saída para depois lançar jogadores como Rafa e Cervi a fazer movimentos de fora para dentro. Não funcionou, fomos muito permissivo­s, o primeiro golo do Bayern foi sintomátic­o. Entra na área com muita velocidade, e a esse nível paga-se caro. –Sente aequipasem­rumo?

– Não é por uma questão de momento. Sabíamos que eles eram muito fortes, as qualidades e caracterís­ticas dos adversário­s, mas o futebol é mesmo isto. Se estamos perdidos? Isso não. Já demonstrám­os qualidade esta época. O impacto aqui é a saída da Champions e a entrada da Liga Europa. *

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