Fatal como o destino

Quando começou o jogo, o Benfica já sabia que não corria riscos de ficar fora da Europa e que a luta pela Champions era questão para resolver exclusivamente com o Bayern. As notícias de Atenas tiveram efeito perverso. Se era preciso ser agressivo a defender logo no ataque, Jonas foi má ideia. Se era avisado condicionar Robben, a asa esquerda teve um ataque de anemia. Se convinha controlar o jogo aéreo, custa a aceitar que Rúben e Conti tenham sido batidos por duas vezes em lances de fotocópia. Com o primeiro golo, o destino ficou traçado. Até final, foi tentar defender a honra. Ou o que restou dela. Era pouco provável que o Benfica de Vitória renascesse em Munique, mas acreditava-se que desse uma prova de vida em vez de sofrer golpe tão fatal.

Um ponto basta ao FC Porto para garantir a passagem aos ‘oitavos’ e, por isso mesmo, já ninguém admite outro cenário. Se vencer, o dragão assegura o 1.º lugar do grupo. A equipa de Sérgio está moralizada, confiante e a jogar bom futebol. Há, por isso, todos os motivos para acreditar que hoje resolve dois assuntos de uma vez, mesmo tendo em conta que irá ter pela frente o Schalke da Champions, que é melhor do que o Schalke da Bundesliga. O ‘europeu’ ainda não perdeu e tem a melhor defesa da competição (1 golo sofrido); o de trazer por casa está em 14.º lugar, quase a molhar os pés junto à linha de água.