Um Porto europeu
Aequipa de Sérgio Conceição sentenciou o grupo e voltou a apurar-se para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, após um jogo que controlou e dominou perante o bem organizado Schalke 04. Uma vez mais voltou a usar a fórmula Champions e recorreu às extraordinárias características de Herrera para equilibrar a equipa. O mexicano fez constantes vaivéns, pressionando como avançado ou baixando para proteger a linha média. Aforma como Herrera saiu para
AÇÃO DE HERRERA FOI DETERMINANTE, AO ORIENTAR O SENTIDO DE ATAQUE DOS ALEMÃES
pressionar, sempre com movimentos circulares, foi muito importante. Orientou o sentido do ataque dos alemães para o corredor lateral, onde posteriormente os seus colegas abafaram qualquer possibilidade de saída com êxito [3].
Com bola, na sua organização ofensiva, mesmo que com a equi- pa germânica a procurar condicionar a saída para o ataque, o FC Porto demonstrou ter a sua lição bastante bem estudada. No início da construção, na saída pelo guarda-redes, Herrera baixou para o espaço interior, formando um triângulo com Danilo e Óliver, dando linha de passe interior à ligação do central direito, Felipe. Aequipa de Sérgio Conceição desenhou um losango em cada metade do campo para dar mais op- ções ao portador da bola, que pôde definir o rumo do ataque e concedeu liberdade ao ala do lado oposto para surgir mais próximo do corredor de saída e garantir superioridade numérica (Brahimi quando a saída se deu pela direita). [2]
Acereja no topo do bolo de um jogo conseguido em termos de anulação do adversário foi a jogada que o FC Porto desenhou no segundo golo. O movimento ver- tical de Maxi Pereira concentrou em si o olhar do adversário e ganhou um segundo precioso que Corona utilizou para tabelar com Brahimi (ala do lado oposto, sempre próximo do corredor da bola, como contempla o modelo azul) e surgir na cara do guarda-redes alemão. [1]
Um Porto sem complacência e de dimensão europeia foi o que se pôde sentir na noite de ontem, no Estádio do Dragão.