Futebol no reino do ruído
difícil falar de futebol em Portugal nos tempos que correm. Ontem o dia foi dominado pelos interrogatórios a Bruno de Carvalho e Mustafá, à pena dada a Sérgio Conceição, às queixas do Benfica pela mesma, ainda que aplicada com regulamentos aprovados pelos clubes. Houve ainda lugar à divulgação dos interrogatórios a Nuno Gomes, Júlio Mendes e António Salvador no processo E-Toupeira. Do bom futebol praticado pelo Sporting em Vila do Conde, equipa que parece outra desde que trocou José Peseiro por Marcel Keizer? Nada. Foi um pouco também por aí a escolha da manchete do Record. Tentamos dar-lhe a conhecer um pouco mais do homem que está a apaixonar Alvalade. A ‘lição’ a Acuña ainda na viagem de Vila do Conde para Lisboa, explicando-lhe que não pode ser obrigado a fazer uma substituição apenas porque há um jogador que não consegue esfriar a cabeça, mostra um traço de ‘personalidade futebolística’. Há mais. Vale a pena ler.
É sórdido aquilo a que vamos assistindo no processo Alcochete. As versões contraditórias, as acusações de parte a parte, tudo muito feio e que pensávamos ser impossível. Mas vale a pena ficar a saber o que se ganha quando se lidera uma claque. E percebe-se o porquê de haver tanta gente interessada. Se Mustafá diz ganhar dois mil euros limpos/mês, imagine o negócio dos ‘ilegais’. As claques têm tanto para limpar.