Triunfo sem correr muitos riscos

Depois da boa segunda parte diante do Feirense, pode dizer-se que o Benfica deu novos sinais de retoma? Não era jogo para isso, pela competição, pelo adversário em poupanças, pelo estádio quase vazio. Ainda assim, é justo dizer que ao contrário do que aconteceu, por exemplo, frente ao Arouca, desta vez o Benfica teve as coisas sempre sob controlo e cumpriu a sua obrigação, ainda que sem grande brilho. Agora, basta um empate para chegar à final four.

Rui Vitória manteve seis titulares do jogo de domingo. Podia ter poupado mais? Podia, mas percebe-se que não o tenha feito. Numa altura em que é fundamental recuperar a confiança, o treinador não quis correr riscos e apresentou um onze que podia perfeitamente ser o habi- tual titular no campeonato. Mais uma prova de que tem um plantel com muita qualidade, em especial do meiocampo para a frente. Mas acaba por ser estranho que alguns dos reforços para esta época – Corchia, Conti e Ferreyra – nem sequer tenham lugar no banco num jogo destes. Será que jogarão com o Montalegre?

Quais os jogadores que melhor aproveitaram a oportunidade?

Alfa Semedo e João Félix, acima de todos os outros. Krovinovic deu mais um passo para recuperar o ritmo perdido pela paragem de 10 meses. Deu algumas pinceladas de classe ao jogo, mas ainda com os processos lentos. O croata só pode melhorar.