Record (Portugal)

Em vésperas de fazer 75 anos, um dos mais aclamados príncipes da história do futebol mundial dá grande entrevista a Record. O relato de uma vida cheia, que mudou com a morte do grande cúmplice de sempre: Eusébio da Silva Ferreira

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para a frente e vice-versa) percebeu melhor do que ninguém a natureza, o estilo e as preferênci­as técnicas de rei Eusébio. Na semana em que completa 75 anos, Simões faz a Record o balanço de uma carreira impression­ante e de uma vida generosa que lhe trouxe felicidade, bem-estar e a independên­cia nem sempre bemvista pelos poderes instituído­s. Sem polemizar, conquistou o Benfica, Portugal, a Europa e o Mundo. Quando chegou à década de 70 já beneficiav­a da admiração universal que lhe conferia a aura de mito, símbolo dos exércitos que represento­u, incluindo a Seleção Nacional que, em 1966, encantou em Inglaterra, sob a eterna designação de Magriços.

Os primeiros dias de 2014 mudaram-lhe a vida. A morte de Eusébio represento­u um choque tão violento que decidiu afastar-se do futebol. Trabalhava então com Carlos Queiroz no Irão; viajou para Teerão em lágrimas e despediuse, em nome da família e dos amigos. Ao longo da entrevista, afirma que isso era o suficiente para viver tranquilo. Mas logo adianta que não era verdade: “Preciso de que o Benfica esteja bem para ser totalmente feliz.”

Este é o relato da longa viagem iniciada nas ruas de Almada, onde brilhava com o irmão gémeo que não seguiu o pontapé na bola, até ao topo do reconhecim­ento planetário. Uma escalada gigantesca mas segura, que o conduziu ao patamar dos deuses, de onde nada nem ninguém o poderá desalojar. Muito menos a partir de agora que atingiu as bodas de diamante numa vida que lhe permite, hoje, dizer e fazer o que bem lhe apetece. *

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