Record (Portugal)

“Ganhar era fundamenta­l”

- EMANUEL PESTANA

Técnico encarnado gostou da solidez da sua equipa, mas lamentou que esta não tenha definido melhor na segunda parte e dado outra expressão ao resultado. E olha para o futuro com confiança

Que análise faz à partida e à vitória da sua equipa no Estádio do Marítimo?

– Era um jogo difícil, que ganhámos justamente, contra uma equipa que está agora mais agressiva e compacta. Tivemos sempre o controlo das operações na primeira parte, não deixando, exceto duas ou três vezes, o Marítimo sair muito em contra-ataque. Depois do intervalo, entrámos com maior qualidade na circulação da bola e melhor definição numa zona mais recuada, mas faltou-nos matar o jogo. Isso fez o adversário acreditar até ao fim. Fica o senão de não termos acabado com o jogo mais cedo mas isso não tira em nada o mérito e o valor da nossa vitória.

– Foi melhor o resultado do que a exibição? Pareceu algumas vezes preocupado e desalentad­o no banco…

– Não façam uma afirmação dessas. Estou a trabalhar e faço-o da forma que entendo. Se falo é porque falo, se estou quieto é porque estou quieto… Mas tirar uma ilação de que estou desalentad­o é que não. Não tenho desalento nenhum com a minha equipa. Foi um jogo que tínhamos de ganhar assim. O fundamenta­l era somar mais uma vitória. Podíamos ter dado outra expressão ao resultado, que era merecida. Gostei da nossa solidez e não gostei das bolas que tivemos para finalizar na segunda parte e não o fizemos.

– Este é o quinto jogo seguido em que a equipa não sofre golos. Essa consistênc­ia defensiva está a ser importante?

– A consistênc­ia defensiva é importante em qualquer equipa do Mundo. E hoje [ontem] fomos uma equipa sólida, embora não tenha gostado, em certos momentos, da forma como o adversário conseguiu sair em transição para o ata- que. A equipa está a mostrar rigor, está bem posicionad­a e a defender bem. Mas temos também de atacar bem. O que faltou foi definir melhor alguns lances na segunda parte, e aí o resultado era mais expressivo e mais ajustado, em minha opinião, ao jogo.

– É este o Benfica que quer até ao fimdaépoca?

– Queremos sempre melhorar a equipa. Não nos podemos esquecer que saímos de um período que não foi fácil e estamos numa fase de re- toma, que tem de ser feita desta forma. A qualidade que já mostrámos atrás vai voltar a aparecer, mas temos de passar por este processo. Não há equipas perfeitas e temos de ir passo a passo, amealhando os pontos necessário­s. *

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