Record (Portugal)

GUERREIROS IMPARÁVEIS

“Não deixavam a minha equipa jogar, não estava ali a fazer nada”

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DYEGO SOUSA PODIA TER EVITADO O PROLONGAME­NTO, MAS FALHOU UM PENÁLTI AO ACERTAR NA TRAVE

a seguir à expulsão de Raúl Silva, Abel Ferreira teve a necessidad­e de reforçar o centro da defesa para o prolongame­nto que estava à espreita. Pablo entrou aos 91’ mas acabaria por ser decisivo no plano ofensivo. Aos 96’ marcou o golo que apurou o Sp. Braga para a próxima fase da Taça de Portugal. João Novais, também lançado na 2ª parte, foi o autor do canto. No final é fácil falar, mas Abel Ferreira acertou em cheio. Tal como Cádiz acertou em cheio... no poste, pouco depois – o venezualan­o do V. Setúbal teve outra oportunida­de para conseguir o empate perto do intervalo do prolongame­nto. Verdade seja dita, o jogo até podia nem ter precisado de tempo extra para encontrar um vencedor. Aos 88’, Dyego Sousa, um dos melhores marcadores do campeonato, fez o que tem feito pouco: rematou à barra na marcação de um penálti; antes, Wilson Eduardo desperdiço­u uma oportunida- de flagrante. Isto falando dos minutos finais, porque se puxarmos o filme ainda mais atrás encontramo­s várias lances de perigo para as duas equipas. O equilíbrio na partida talvez ajude a explicar as reações de Lito Vidigal e Abel Ferreira, já que ambos fizeram questão de defender que a respetiva equipa foi a melhor em campo. Independen­temente de quem tem razão e picardias à parte – com o adjetivo “sábio” à mistura – são, ao mesmo tempo, responsáve­is pelo bom jogo de futebol a que se assistiu no Estádio do Bonfim. E para o registo fica a vitória dos bracarense­s, a terceira pela margem mínima nesta Taça de Portugal.

Todos por Nuno Pinto

O momento mais importante do jogo fica guardado para o fim desta crónica. Não aconteceu no relvado, mas nas bancadas. Ao minuto 21, ouviram-se aplausos e gritos por Nuno Pinto. Viram-se tarjas com mensagens de esperança dos adeptos de V. Setúbal e Sp. Braga e, acima de tudo, viu-se uma imagem que nos sensibiliz­a a todos: Nuno Pinto, ladeado pela família, emocionado com o que estava a acontecer. Com o brilho nos olhos das lágrimas que refletem o período complicado que está a atravessar. Que esta homenagem lhe dê ainda mais força para vencer este desafio! *

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LÁDENTRO. Bracarense­s festejam o golo solitário do encontro

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