FESTA RIJA ENCERRA COM ASSOBIOS
Se os adeptos da casa aplaudiram a equipa, Rui Vitória voltou a ouvir apupos à saída
O dia era histórico para Montalegre e as pessoas não se cansaram de apoiar a equipa, que pela primeira vez na história estava nos ‘oitavos’ da Taça e que tinha em estreia também a receção a um grande, o Benfica. Barrosões de gema, a residir em Paris ou Toronto, como Record documentou, ninguém quis perder o ‘jogo da vida’ do clube com 55 anos de história. E a festa começou logo à entrada. Para os da casa, com uma receção inusitada ao autocarro (emprestado pela autarquia) que transportou a equipa para o estádio Dr. Diogo Alves Pereira com recurso a potes de fumo. Em maior
COMUNHÃO ENTRE ADEPTOS DO MONTALEGRE E EQUIPA FOI UMA CONSTANTE MESMO COM A ELIMINAÇÃO DA TAÇA
número à entrada para o recinto, os benfiquistas fizeram o mesmo só que o entusiasmo inicial haveria de esfumar-se. No final, insatisfeitos com o 0-1 no marcador e o futebol apresentado, Rui Vitória voltou a ouvir apupos à saída para os balneários, já depois de ter relevado a diferença de tratamento... para melhor na Madeira. Prevaleceu, sim, a força dos da casa, que estavam em igual núme- ro perante os visitantes, a medir pelos 5.470 presentes.
‘Eu amo o Montalegre’ ou a marcha da vila foram entoados com o desenrolar da partida como sinal de apoio a uma equipa semiprofissional, que já tentava correr contra o resultado adverso no marcador. Sem direito a um prolongamento, os adeptos barrosões aplaudiram de pé os seus guerreiros no final. Em retribuição à força das bancadas, o grupo deu as mãos e exultou em direção à bancada central num sinal de último agradecimento. *