BASTOU A DODÔ PEDIR UM DESEJO
ExpulsãodeMattheusfez temeroxeque-matemasos boavisteirosesbarraram sempreemMiguelSilva ERRO DEFENSIVO DESTROÇOU O ESFORÇO DOS HOMENS DE JORGE SIMÃO. RIGOR TÁTICO DE LUÍS CASTRO SEGUROU TRIUNFO
Um punhal cravado nas costas. Foi essa a sensação desesperante que o Boavista experimentou quando, numa altura em que a superioridade numérica parecia colocar o apuramento ao alcance da mão, acabou surpreendido de forma inexplicável pela aparição supersónica de Dodô pela ‘avenida’ que lhe deixaram livre para desbravar. As aparências iludem, e de repente o conjunto de Jorge Simão viu-se dentro de um labirinto do qual nunca conseguiu sair.
A expulsão de Mattheus Oliveira é imperdoável. Fábio Veríssi- mo demonstrou a sua falta de classe ao não assinalar uma falta clamorosa sobre Alexandre Guedes, mas o “você é cego, porra!” que se seguiu só podia acabar numa expulsão que fez perigar um objetivo estratégico como é a Taça de Portugal. Só que Luís Castro reagiu rapidamente e com duas linhas de quatro homens muito próximas criou uma co- bertura que obrigava os axadrezados a sofrer para chegar à área em boas condições.
O que Fábio Espinho disse no final, sem esconder o seu agastamento, é verdade. O Boavista nunca deixou de procurar tocar a bola, acreditando que acabaria por criar espaços na muralha vimaranense. Só que mesmo quando eles surgiram, apareceu o derradeiro guardião do Castelo, Miguel Silva, que desde que fez a sua estreia no Bessa, pela mão de Sérgio Conceição, parece galvanizar-se sempre que pisa solo axadrezado, enervando as panteras. A irónica realidade é que os boavisteiros estiveram mais confortáveis em campo quando enfrentaram um V. Guimarães completo, mostrando indiferença perante o grande momento que os minhotos atravessam (são já onze jogos sem perder...) e colocando o foco no apuramento. Só que o tento de Dodô exponenciou as arduidades do percurso dos axadrezados até ao ansiado golo. O clamor de injustiça é despedaçado pela competência com que o Vitória nivelou as forças e carimbou o acesso aos ‘quartos’. *