Entre a águia e o leão

Benfica continua a ganhar. E a fazê-lo sem encantar. Bater o Montalegre por 1-0 são serviços mínimos. Tudo aliado a mais uma exibição sem pinga de entusiasmo. Os factos estão à vista e são a continuidade na Taça de Portugal e mais um triunfo somado após a crise. Mas também se percebe que nem todas as feridas estão curadas, que a desconfiança dos adeptos se mantém e que a equipa está longe do bom futebol, ou pelo menos do nível de qualidade que o plantel exige. Frente ao honesto Montalegre, que deixou tudo em campo e se viu batido pela margem mínima – parabéns! – , pedia-se um pouco mais de tudo. Da exibição a golos. E brio. O Benfica é mais do que isto.

EmAlvalade vive-se momento contrário. O Sporting joga muito mais do que jogava, marca muito mais do que marcava e até a encaixar golos está em grande, pois só na Liga Europa, frente ao Poltava, os leões conseguiram manter a baliza inviolada. Tornase evidente que os jogadores gostam dos métodos de Keizer e que se estão a divertir em campo. Até porque aí a equipa tem conseguido ultrapassar os obstáculos com algum brilhantismo, mesmo quando sofre primeiro. Mas salta também à vista que há muita coisa a trabalhar. E saber qual a reação do plantel quando for travado a primeira vez. Ou que plano de jogo a usar frente a adversários da mesma igualha. Leão divertido este.