O diamante Militão
As grandes transferências futebolísticas têm muita parra mediática que, não raras vezes, causa surpresa quando se descobre que, afinal, as uvas são poucas. O jogador mais caro a sair de Portugal foi Hulk. Mas apesar de o Zenit ter pago 60 milhões de euros, o FC Porto só declarou 40 milhões à CMVM, tendo as mais-valias ficado reduzidas a 23,871 milhões de euros. Por isso, a venda mais lucrativa dos dragões foi a de André Silva, com mais-valias de 27,859 milhões, fruto de ser um produto da formação. São números que em breve serão facilmente dinamitados pela negociação de Éder Militão. Ao contrário do Incrível, o central é apelativo para os tubarões dos principais campeonatos, pelo que a melhoria das condições do jogador, com subida da cláusula de rescisão que agora está nos 50 milhões, parece ser o movimento correto para todas as partes, embora ainda careça de aturada afinação nos bastidores. Militão ameaça bater todos os recordes nacionais, e quem idealizou o seu plano de carreira, oferecendo um diamante ao FC Porto, também merece subscrever uma operação histórica.
Apolémica com as arbitragens da 2.ª Liga deve ser levada muito a sério. Desde logo porque está a chamuscar árbitros jovens, que deveriam ser a esperança de uma subida qualitativa do sector. Um conselho, já agora, para o Conselho de Arbitragem. Avançar com queixas disciplinares contra os protagonistas que apontam as falhas, sem ter uma palavra que pudesse sossegar a preocupação generalizada, é no mínimo de mau gosto. Se tivesse sido algum ex-árbitro a tecer críticas, por exemplo, ao VAR, poucas horas demorariam a surgir tweets justificativos. Tratar a 2.ª Liga como um parente pobre do nosso futebol é um erro crasso, pelo que essa sensação não pode transparecer para os clubes.