GANHAR BEM E SEM PIEDADE
MAFRENSES REGRESSAM ÀS VITÓRIAS FORA Visitantes marcaram cedo e geriram com mestria os momentos do jogo e o resultado
O Mafra regressou aos triunfos fora de casa, três meses depois, ao bater o Cova da Piedade, por 3-0, numa exibição bem conseguida por parte do coletivo liderado por Filipe Martins, que colocou um ponto final numa série de três derrotas consecutivas fora de portas. Foi, além disso, um castigo justo para a exibição cinzenta dos piedenses, que, por sua vez, já não perdiam no seu reduto há quase quatro meses. Os visitantes entraram praticamente a vencer com uma bomba ‘do meio da rua’ de Zé Tiago (4’), que aproveitou da melhor forma as facilidades concedidas pelo meio-campo grená. A permissividade dos locais na zona central foi, de resto, a chave do triunfo do Mafra, que, depois de estar em vantagem, aproveitou sempre essa zona para explorar o contragolpe. E foi por aí que Lima Perei- ra facilitou e permitiu a Harramiz fugir pelo flanco esquerdo e cruzar de forma perfeita para o primeiro golo de Bruninho (26’). Foi também por aí que o avançado mafrense bisou (61’), com um novo tiro de longe, colocando um ponto final nas já de si ténues aspirações da equipa da casa de conseguir, pelo menos, o empate. A perder desde muito cedo, o Cova da Piedade foi ‘obrigado’ a assumir as despesas do jogo e nunca pareceu sentir-se confortável com essa responsabilidade. Um tiro de meia distância de Cele, um remate de ressaca de Pereirinha (ambos os lances aos 14’) e um livre direto de Miguel Rosa (51’) não conseguiram, sequer, incomodar a boa organização coletiva do conjunto treinado por Filipe Martins.
De resto, o Mafra esteve irrepreensível a gerir os momentos do jogo, preocupando-se em segurar (bem) a vantagem depois do 2-0 e deu sempre a ideia de estar mais perto de ampliar o marcador do que os piedenses de reduzirem a desvantagem. *