GONÇALVES DETIDO ANTES DA LIDERANÇA
Assessor jurídico passou a noite na prisão e foi constituído arguido no processo E-Toupeira
Mar o foi mês de contrastes. Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD, foi detido e constituído arguido na operação E-Toupeira. No campo, a equipa chegou à liderança isolada, reforçando as ambições à conquista do penta. Mantendo o ciclo vitorioso, o Benfica entrou no terceiro mês do ano goleando o Marítimo, em casa, por 5-0, com três golos de Jonas. Imparável, o brasileiro refez os seus objetivos pessoais, apontando aos 40 golos na temporada, acreditando que assim convenceria Tite a levá-lo ao Mundial da Rússia. Ainda os encarnados saboreavam esse triunfo e já a Polícia Judiciária voltava à Luz, no dia 6, para novas buscas. Paulo Gonçalves foi detido, juntamente com os funcionários judiciais José Silva e Júlio Loureiro e o empresário Óscar Cruz. O advogado sairia em liberdade, na noite do dia seguinte, embora constituído arguido, assim como José Silva e Júlio Loureiro, numprocesso em que se investigavam crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de Justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal. Gonçalves era suspeito de ter oferecido equipamentos, bilhetes e convi- tes para jogos, a troco de informações de processos judiciais, inclusive de adversários. A SAD demarcou-se de eventuais atos ilícitos e manteve a confiança no assessor jurídico, que continuou em funções.
Luís Filipe Vieira acabaria por anunciar a criação de um gabinete de crise, avisando que o clube processaria quem colocasse em causa o seu bomnome. “Acabou a paródia”, decretou, após o jogo com o Aves. Imune a tudo isto, o emblema da Luz terminou o mês na liderança isolada provisória – passaria a definitiva com a derrota do FC Porto no Restelo. Frente ao V. Guimarães até deu para ver Jiménez assistir Jonas com passe de letra no segundo golo. *