Record (Portugal)

O melhor de todos os tempos

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Cristiano Ronaldo é mais do que a figura do ano de 2018: é a figura da década, é a figura do século, é o melhor futebolist­a do Mundo de todos os tempos. Para ele não há impossívei­s e as barreiras são todas invariavel­mente ultrapassa­das, pois a fasquia, desde que era menino, está sempre colocada no nível mais elevado e ao alcance da sua superação, sem limites de qualquer espécie.

A ambição de ser sempre o melhor – como realmente é –

impede-o de cair na rotina da estagnação. E também assim se explica a decisão por si assumida de vestir a camisola de um clube histórico como a Juventus, não por um qualquer capricho ocasional, mas por assumida convicção, ou não fosse, desde sempre, um profundo admirador do clube italiano. Foi em janeiro de 2018 que o futuro começou a ser traçado. Disse-lhe, na altura, que seria complicado, embora não impossível, porque continuo a acreditar que não há impossívei­s. Coincidênc­ia das coincidênc­ias, o sorteio dos quartosde-final da Champions League ditou um Real Madrid-Juventus e foi precisamen­te antes do jogo em Madrid que tive a primeira reunião com os responsáve­is italianos. A ideia foi sendo alimentada e amadurecid­a, e dois ou três meses depois, graças à vontade e determinaç­ão de Andrea Agnelli, bem como de Fabio Paratici, Giuseppe Marotta e Pavel Nedved, o desejo de Cristiano Ronaldo concretizo­u-se.

Fechara-se umciclo fantástico emMadrid, tal como já acontecera emManchest­er.

Um ciclo em que o melhor do Mundo não só escreveu a sua história, mas também pintou a cores de ouro a história de um Real Madrid que, antes da sua chegada, estava a anos-luz de um Barcelona considerad­o então como a melhor equipa de todos os tempos e a base da seleção campeã mundial e bicampeã europeia Espanha. Foi o jogador mais decisivo e o principal responsáve­l pelo encurtamen­to da diferença de nível para os catalães, foi o jogador que catapultou o Real Madrid para a senda vitoriosa dos últimos nove anos (e a última Champions, atrevo-me a afirmar, conquistou-a praticamen­te sozinho), foi o jogador que ultrapasso­u nomes históricos do clube, batendo e fixando novos recordes.

Nove anos, 451 golos, 438 jogos e 16 títulos depois, Cristiano Ronaldo escolheu a Juventus e a

Juventus escolheu-o a ele. Recusando o comodismo de outros campeonato­s menos exigentes que outros escolheria­m, mas, antes, desejando continuar a demonstrar, numa competição completame­nte distinta, que é o melhor do Mundo de todos os tempos, sem temor do que quer que seja, mas com gosto pelo desafio, com a determinaç­ão, ambição e arrojo que fazem parte do seu ADN. Para mudar o futebol italiano, como está já a acontecer, e para continuar a escrever história porque nunca na história haverá outro Cristiano Ronaldo.

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